PF vai investigar vereador que acusou ministro do STF por pedofilia

O vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul (RS), que fez declarações xenofóbicas contra trabalhadores escravizados, será investigado pela Polícia Federal por acusações sem provas feitas contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a investigação do vereador e pediu que o caso seja anexado aos inquéritos que apuram a disseminação de fake news e os atos antidemocráticos.

 

Em 17 de novembro de 2022, em discurso na Câmara Municipal de Caxias do Sul, Fantinel fez uma polêmica declaração: “Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima“, acusou.

 

A declaração veio à tona após Fantinel viralizar com uma série de declarações xenófobas em relação aos mais de 200 trabalhadores resgatados de vinícolas do Rio Grande do Sul. Em sua fala, feita no dia 28 de fevereiro, o vereador pediu que produtores locais “não contratem mais aquela gente lá de cima” e afirmou que “a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor“.

 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) ajuizou uma ação civil pública pedindo que o vereador pague uma indenização de R$ 300 mil pelas falas

 

Depois da repercussão do caso, o vereador afirmou que foi “mal compreendido“, se disse arrependido e negou ser racista. “A minha esposa, o pai dela é africano, então não existe essa história de dizer que eu sou racista“, declarou.

 

 

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