A regulação da inteligência artificial (IA) no Brasil foi um dos temas centrais do Fórum Brasil. O evento reuniu autoridades e empresários para discutir o impacto das novas tecnologias no país e as necessidades de regulamentação e incentivos para o setor. Entre os participantes do painel, o senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator do projeto de regulamentação da IA no Senado.
O parlamentar defendeu que a criação de um ambiente adequado para a inovação tecnológica depende não apenas de leis, mas também de políticas de incentivo e investimento direto do governo federal. Gomes argumentou que, para acompanhar o cenário global de transformação digital, o Brasil precisa de uma regulação da IA alinhada com investimentos em capacitação e apoio a startups, que possam impulsionar o desenvolvimento local.
Quem mais reclama da regulação para frear investimentos é quem carece do maior investimento para desenvolver. Não adianta fazer regulação sem uma política clara do governo de investimento em capacitação e startups”, afirmou o senador, acrescentando que a regulamentação deve ser pensada de forma criativa para alinhar o Brasil aos padrões internacionais e estimular o avanço tecnológico no país.
Outro ponto de destaque foi a fala de Diego Barreto, CEO do iFood, que ressaltou a importância da tecnologia digital para democratizar o acesso ao mercado e reduzir a dependência de altos investimentos de capital, uma característica dos bens físicos. Barreto explicou que a digitalização tem o potencial de equilibrar a competição global e criar oportunidades no Brasil, tornando o País um fornecedor relevante de soluções e serviços digitais.
Historicamente, o mundo era feito de bens físicos, e o bem físico demanda altos volumes de investimento. A tecnologia digital, que não depende de capital, equaciona a competição global e permite que a gente crie muito mais aqui dentro e forneça muito mais ao brasileiro”, destacou.
Além da regulamentação da inteligência artificial, o evento também contou com debates sobre segurança cibernética e pública, além de discussões sobre segurança jurídica. Essas temáticas refletiram as preocupações com a crescente digitalização dos negócios e a necessidade de uma proteção robusta tanto no ambiente físico quanto no digital.