Coordenador da bancada do Distrito Federal no Congresso, o deputado federal Rafael Prudente (MDB) foi o único dos mandatários da capital a não votar no item da pauta, na noite de terça-feira (23), que retirou os cortes no Fundo Constitucional (FCDF) do pacote do novo arcabouço fiscal apreciado pela Câmara.
Devido à relevância do assunto, durante meses, políticos de diferentes ideologias somaram vozes e articulações para evitar o prejuízo que a aprovação de tal medida poderia resultar para o funcionamento do Distrito Federal. Até mesmo o governador e ex-governadores se uniram pela mesma causa.
Nos bastidores, especula-se que a ausência de Prudente teria coincidido com a mudança repentina no comando do diretório regional do MDB, até então presidido pelo próprio Rafael Prudente. Na nova versão, coube ao atual presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz, assumir o bastão.
Fontes ouvidas pela coluna indicam que a falta na sessão seria uma resposta ao governador Ibaneis após a perda do posto de cacique emedebista. E também um certo descontentamento com a supervalorização da vice-governadora Celina Leão (PP), possível candidata à sucessão do atual titular do Palácio do Buriti.
À coluna, o parlamentar negou ter premeditado a ausência. O emedebista também afirmou que uma emergência pessoal teria o obrigado a deixar a Câmara, mas que só se ausentou após o acordo já estar costurado pela vitória da bancada do DF.
“Minha determinação em preservar o Fundo sempre foi cristalina. A aprovação no Congresso, que culminou na preservação do Fundo, me completa com um sentimento de missão cumprida e renova a esperança nos progressos que essa determinação pode trazer para os cidadãos do Distrito Federal. Embora ausente no momento da votação, por razões de força maior, sinto que cumpri a missão incumbida a mim pela população do Distrito Federal de maneira honrosa e diligente“, disse.