O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ressaltou nesta terça-feira (2), em encontro com bispos, pastores e líderes da Igreja Sara Nossa Terra, no Núcleo Bandeirante, as iniciativas do GDF para apoiar entidades religiosas.
Entre os destaques, citou o programa de regularização de igrejas — que já beneficiou mais de 500 instituições —, a criação da moeda social e a decisão de manter os templos abertos como atividade essencial durante a pandemia de covid-19. “Avançamos muito em todas as áreas. Criamos a regularização daquilo que chamamos de moeda social, permitindo que os templos tenham segurança jurídica”, afirmou.
Ibaneis também anunciou dois novos projetos a serem enviados à Câmara Legislativa (CLDF). Um deles permitirá que a prestação de serviços vinculados à moeda social seja estendida às comunidades mais carentes. O outro prorrogará o prazo de regularização para igrejas que ainda não conseguiram apresentar documentação.
O governador recordou que, durante a pandemia, enquanto em todo o país os templos permaneceram fechados, em Brasília eles continuaram funcionando. “As pessoas viviam um problema psicológico grave. As igrejas eram onde podiam buscar socorro espiritual”, disse.
A vice-governadora Celina Leão reforçou que o GDF também tem ampliado investimentos em áreas sociais e de infraestrutura, como os R$ 700 milhões aplicados no Sol Nascente e os R$ 1,4 bilhão anuais em programas sociais, a exemplo do Cartão Prato Cheio.
Presente no evento, o secretário de Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, destacou o impacto do programa Vai de Graça, que garante transporte público gratuito aos domingos e feriados, facilitando o acesso dos fiéis às igrejas. Ele também ressaltou o avanço da regularização de templos: “Até 2015, o DF tinha apenas 250 igrejas regularizadas. Hoje, já passamos de 500”.
Desde 2019, o GDF implementou uma série de medidas específicas para fortalecer o diálogo com as religiões, como a criação da Unidade de Assuntos Religiosos e o programa Igreja Legal, que regularizou 512 imóveis, sendo 350 de instituições evangélicas. A moeda social também foi incorporada como instrumento de regularização, permitindo que igrejas obtenham escrituras em troca de serviços prestados à comunidade.
Outra iniciativa foi o decreto de 2020 que reconheceu as igrejas como atividades essenciais, garantindo seu funcionamento durante a pandemia. Atualmente, o governo avança com a construção do Museu da Bíblia, que receberá investimento de R$ 74 milhões e pretende preservar a memória religiosa, além de se consolidar como novo atrativo turístico no DF.