Neste domingo (23), as eleições gerais da Espanha resultaram na vitória do Partido Popular (PP), liderado por Alberto Núñez Feijóo, que conquistou 136 cadeiras, obtendo a liderança do pleito. No entanto, mesmo com a vitória, o PP não conseguiu atingir o número mínimo de parlamentares necessários para governar.
Com 96% das urnas apuradas, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), liderado pelo atual presidente Pedro Sanchez, ficou em segundo lugar, com 122 deputados. Já o partido de extrema direita Vox, liderado por Santiago Abascal, sofreu uma significativa queda e alcançou apenas 33 cadeiras, 19 a menos que nas eleições de 2019. Por último, o Sumar/Podemos, de esquerda, obteve 31 cadeiras, representado por Yolanda Diaz.
O sistema eleitoral espanhol estabelece que cada legenda precisa eleger pelo menos 176 deputados federais para obter a maioria e, assim, governar o país. O Partido Popular precisa de pelo menos 40 cadeiras adicionais para alcançar a maioria necessária. Nesse contexto, a possibilidade de alianças incertas surge como alternativa para viabilizar um governo, inclusive com a chance de formar uma coalizão com o Vox. No entanto, mesmo com um acordo firmado, ainda faltariam sete cadeiras para que o PP atingisse o número mínimo.
Diante da ausência de uma maioria viável entre os partidos, a Espanha enfrenta a possibilidade de ser forçada a organizar novas eleições nos próximos meses. A tendência é que essa seja a solução, uma vez que a esquerda, representada pelo PSOE e Sumar, também não deve chegar a um acordo.
A situação política do país encontra-se em um cenário de incertezas, e o futuro político da Espanha dependerá das negociações e possíveis alianças que os partidos venham a formar nas próximas semanas. As próximas decisões políticas serão cruciais para definir o rumo do país e o desfecho dessa importante etapa da democracia espanhola.
Com agências