Nessa quinta-feira (6) o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a defesa preliminar do ex-delegado da Polícia Federal e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres, acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. De acordo com o documento, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) se trata de “uma verdadeira obra de ficção”.
A defesa de Anderson Torres argumenta que a acusação contra ele carece de provas concretas e se baseia apenas no fato de ter sido parte do governo Bolsonaro, o que não configura um crime. Seguindo a linha, Torres solicita que o processo não seja julgado pela Primeira Turma do STF e seja transferido para a primeira instância. Caso essa remessa não seja realizada, a manifestação defende que o caso seja julgado no plenário do STF.
Além disso, a defesa questiona a competência do Supremo para julgar o caso, alegando que não há uma conexão clara entre Torres e os réus com foro privilegiado ou com outros envolvidos. Em relação à delação de Mauro Cid, a defesa refuta qualquer ligação entre Torres e o ex-ministro da Justiça.
“Se não há ligação entre o denunciado e um dos principais personagens da suposta trama golpista, conclui-se que não há justa causa para o prosseguimento da ação penal em relação a Anderson Torres”, diz.