O avanço das tecnologias não faz parte apenas do ambiente virtual, mas também no que se diz respeito à prevenção de doenças, como o câncer, principalmente, já que a detecção ocorre precocemente. Nesse cenário, o teste genético se torna protagonista.
Allan Munford, Gerente Regional da multinacional responsável por trazer esse tipo de exame ao País, explica que os testes genéticos se mostram relevantes ao identificar o potencial de surgimento da doença, antes mesmo que apareçam sintomas físicos e nódulos malignos, para que sejam adotadas medidas profiláticas.
Em 2023, Angelina Jolie realizou o procedimento, colocando os holofotes sob esse tipo de exame. Como resultado, a atriz optou por fazer a dupla mastectomia.
“Esses exames analisam partes específicas do DNA e são capazes de identificar se existe alguma mutação nos genes diretamente relacionados a diferentes tipos de câncer de origem hereditária. Se for encontrada alguma mutação, pode ser um indício de propensão ao câncer de mama, ovário, próstata e pâncreas, por exemplo”, destaca Munford.
O teste genético para o câncer pode ser feito por meio de uma simples amostra de sangue ou saliva, de acordo com os padrões laboratoriais. O material coletado é sequenciado geneticamente por especialistas que utilizam um kit de reagentes.
“Quando não se identifica a mutação dos genes, o resultado é considerado negativo. Isso reduz o risco, mas o acompanhamento médico ainda é essencial. Caso o resultado seja positivo, a mutação existe em pelo menos um dos genes, o que aumenta o risco de desenvolvimento de um tumor. Para que esse risco seja confirmado, outros exames mais específicos podem também ser solicitados”, explica Allan Munford.
Até o momento, esse exame não está disponível pelo SUS, embora a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde) tenha divulgado que entre 30 e 50% dos casos de câncer poderiam ser evitados a partir de medidas simples de controle, detecção e tratamentos precoces.