O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) manifestou insatisfação com a disparidade de tratamento entre os policiais civis do DF (PCDF) e os policiais federais (PF). Apesar de ambas as corporações compartilharem o mesmo regime disciplinar, o sindicato denuncia que os policiais civis do DF não estão sendo contemplados nas negociações salariais.
O descontentamento aumentou após a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, do Projeto de Lei 1.734/2024, que estabelece um regime disciplinar comum para a PF e a PCDF. O projeto, que agora segue para votação no plenário, visa combater infrações e corrupção nas forças de segurança, prevendo 14 situações que podem levar à demissão de policiais, além de outras penalidades.
O presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas, destacou que, além de compartilharem o mesmo regime disciplinar, as duas corporações possuem estruturas e atribuições similares, mas com salários desiguais. “Se é estabelecido o mesmo regime de punição, por que esse entendimento não se aplica também às negociações salariais?”, questionou Freitas.
O sindicato lembra que, até 2016, os salários de ambas as corporações eram equiparados, mas os policiais civis do DF não obtiveram os mesmos avanços salariais conquistados pela PF, criando uma diferença nas remunerações. Freitas defende que o vínculo entre as duas corporações deve ser mantido não apenas em questões disciplinares, mas também salariais.
O Governo do Distrito Federal (GDF) está trabalhando em uma proposta de negociação para restabelecer a simetria salarial entre as carreiras da PCDF e da PF. Contudo, ainda não houve um pronunciamento oficial do governador Ibaneis Rocha, o que tem gerado expectativa e desmotivação entre os policiais civis do DF.