Viajar é abrir as portas para o novo, conhecer outras culturas, ouvir diferentes sotaques, provar sabores desconhecidos e enxergar o mundo com outros olhos. É também uma oportunidade de descanso, reconexão e descoberta pessoal. Mas, apesar de todos os encantos, o planejamento de uma viagem internacional costuma vir acompanhado de uma preocupação, o passaporte.
O que muita gente não sabe é que ele nem sempre é necessário. Para os brasileiros, existem destinos internacionais acessíveis com um documento que já está no bolso de muitos, o RG. Nove países da América do Sul permitem a entrada de turistas do Brasil apenas com a carteira de identidade, uma facilidade que torna o sonho da viagem para fora do país mais próximo do que se imagina.
A autorização é possível graças a acordos firmados entre as nações integrantes e associadas do Mercosul, que estimulam a livre circulação de pessoas na região. O acordo visa facilitar o trânsito de cidadãos nas nações vizinhas e aprofundar os laços entre os países como Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Vale destacar que a Guiana e o Suriname, embora sejam associados ao Mercosul, não fazem parte do acordo.
De acordo com informações do portal do governo brasileiro, para quem deseja viajar a turismo, o passaporte é um documento dispensado desde que o registro de identificação tenha sido emitido há menos de dez anos e a fotografia seja capaz de identificar o titular. Caso a fotografia gere dúvidas sobre a identidade do portador, poderá ser solicitada a apresentação de outro documento.
Apesar da facilidade em cruzar fronteiras sul-americanas com um documento de identidade, o governo brasileiro faz um alerta importante: documentos como CNH (Carteira Nacional de Habilitação), carteiras de ordens profissionais como OAB e CRM, ou certidões de nascimento e casamento não são aceitos para viagens internacionais, independentemente do motivo da entrada nos países parceiros do Mercosul.
Outro ponto importante para destacar é que o RG ainda é um documento válido para esse tipo de viagem, no entanto, ele tem prazo de validade limitado e será aceito apenas até 2032, quando passará a ser completamente substituído pela nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que é emitida desde de 2022.
A CIN utiliza o número do CPF como identificador único e unificado em todo o território nacional, oferecendo maior segurança e integração de dados. O novo modelo também é aceito como documento de viagem para os países que compõem o acordo do Mercosul, e sua primeira emissão, em papel, é gratuita.
Mesmo com a possibilidade de viajar apenas com o RG, a recomendação é sempre optar pelo passaporte. Documento de identificação internacional emitido pela Polícia Federal e pelas embaixadas brasileiras no exterior, o passaporte garante maior segurança e é obrigatório para viagens fora do Mercosul ou com fins que não sejam turísticos, como trabalho, estudo ou residência. Atualmente, a taxa para emissão é de R$ 257,25.