GPS Brasília comscore

Procuradoria vai investigar se diretor da PRF ajudou a promover atos de Lula e Dino

Por Fausto Macedo e Rayssa Motta

A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um inquérito civil para investigar se o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Souza Oliveira, usou o cargo para promover atos do governo.

O procedimento foi aberto a partir de uma representação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que atribui ao diretor da PRF uso do cargo para supostamente “promover a imagem pessoal e enaltecer os atos” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Justiça Flávio Dino.

“As questões versadas nos autos ainda demandam diligências para a formação do convencimento ministerial acerca das medidas a serem eventualmente adotadas”, escreveu o procurador da República Paulo José Rocha Júnior na portaria que formalizou o inquérito.

Se ficar provado que houve uso indevido do cargo, Antônio Oliveira pode responder por improbidade administrativa. O caso está na fase preliminar.

O diretor-geral da PRF assumiu o cargo com a promessa de afastar a corporação de bandeiras políticas e de recuperar a imagem da instituição, desgastada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Rodoviária Federal compõe a estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública e, por isso, cabe ao titular da pasta indicar o diretor-geral da corporação. Não há critérios que vinculem a indicação, ou seja, a escolha é livre. Geralmente, os nomeados vêm do alto escalão da PRF, como as superintendências regionais.

Polêmicas

Ao longo do governo Bolsonaro, a PRF esteve no centro de pelo menos três grandes crises. A primeira foi o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com gás de pimenta no porta-malas de uma viatura em Sergipe. O episódio levantou o debate sobre a violência das abordagens policiais e sobre a lacuna de diretrizes de direitos humanos nos cursos de formação dos agentes.

A segunda foram as operações policiais feitas no segundo turno da eleição. A PRF desobedeceu o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e abordou ônibus de passageiros no dia da votação, sobretudo no Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foram ao menos 560 operações. O PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região.

Por fim, o antigo chefe da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, caiu em meio a suspeitas de que a corporação demorou a agir para impedir a ocupação de rodovias federais por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que fecharam estradas para protestar contra o resultado da eleição.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da corporação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Veja também

Solidão e isolamento estão entre as causas mais comuns de …

Grande Prova Vinhos do Brasil elege vinho, Quatro Altitudes da …

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 42

Siga o GPS

Newsletter

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI

GPS Brasília - Portal de Notícias do DF
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.