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Pela segunda vez em 24h, Moraes nega pedido de Bolsonaro para não ir a interrogatório

Com isso, ex-presidente terá que comparecer à superintendência da PF nesta quinta-feira (22)
Pela segunda vez em 24h, Moraes nega pedido de Bolsonaro para não comparecer a interrogatório
Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF | Foto: Zack Stencil/PL

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou na noite de terça-feira (20), pela segunda vez em menos de 24 horas, pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que ele fosse dispensado de comparecer à Polícia Federal (PF). O ex-presidente deve ser interrogado sobre o caso que apura a formação de uma suposta organização criminosa para elaborar um golpe de Estado. A oitiva está marcada para amanhã, quinta-feira (22), na superintendência da PF aqui em Brasília.

Na segunda-feira (19) à noite, o ministro já havia negado o pedido da defesa do ex-presidente por um adiamento da oitiva. A alegação era de que os advogados de Bolsonaro não tinham tido acesso integral ao processo. O argumento havia sido rebatido pelo magistrado, que negou tal obstrução aos autos.

O pedido negado ontem, segundo Moraes, não trouxe nenhum novo argumento. “A defesa tem conhecimento da SV [Súmula Vinculante] do STF e da jurisprudência pacificada em relação à colaboração premiada, porém insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos e que não há motivos para qualquer adiamento do depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo”.

Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF. Ele teve o passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os demais investigados.

Segundo a PF, o grupo investigado é suspeito de tentar “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.