Parceira do BRB, Alpine faz dobradinha no pódio do GP de São Paulo

Brasília dominou a cena do GP de São Paulo de Fórmula-1 por vários motivos. O maior deles foi o pódio da corrida, com a dobradinha da BWT Alpine F1 Team em segundo e terceiro lugares. Afinal, a escuderia franco-britânica tem no BRB um de seus parceiros e patrocinadores, o que inclui o projeto de uma academia de pilotos na Capital Federal.

Além disso, o holandês Max Verstappen venceu o GP de São Paulo pelo segundo ano consecutivo. Ele também tem fortes relações com Brasília – sua namorada, Kelly Piquet, é filha do lendário tricampeão mundial Nelson Piquet e ele passa temporadas por aqui. Aaté escolheu um time brasileiro para torcer: o Vasco, do sogro e do restante da família. 

Na plateia da corrida, figuras ilustres de Brasília marcaram presença. O governador Ibaneis Rocha, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e os deputados distritais Robério Negreiros (PSD) e Eduardo Pedrosa (União Brasil) assistiram à prova, disputada sob a tradicional chuva de São Paulo. Estavam acompanhados por empresários da cidade, como Paulo Octávio e André Octávio Kubitschek, e do presidente do Codese/DF, Leonardo Ávila.  

Todos puderam ver os carros dos franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly, com o logotipo do BRB no nariz do A524 da Alpine, cruzar a linha de chegada e subir ao pódio. O resultado mostra que a parceria com o banco foi uma decisão acertada para as duas partes.

 

“É um grande prazer a parceria com a Alpine na F1, categoria mais prestigiada e popular do mundo, e que desperta uma paixão histórica no povo brasileiro. O BRB reforça o compromisso com o esporte e pretende se consolidar como banco do automobilismo”, disse Paulo Henrique Costa, após o resultado. 

Alpine e BRB também pretendem transformar Brasília em um polo de automobilismo, por meio da academia de pilotos, que vai oferecer oportunidades para jovens brasileiros acessarem categorias de ponta no exterior. No escopo do projeto, está a ideia de realizar provas em Brasília e selecionar pilotos que serão apoiados pelo BRB.

Além disso, o banco assumiu o Autódromo Nelson Piquet e vai reformar a pista histórica – que já assistiu um GP de Fórmula-1, realizado em 3 de fevereiro de 1974. A corrida foi uma das que não valiam pontos para a temporada regular daquele ano e serviu para inaugurar a pista. Com o argentino Carlos Reutemann marcando a pole position e Emerson Fittipaldi fazendo a volta mais rápida e vencendo a prova, este foi o primeiro e único Grande Prêmio de Fórmula-1 a ser disputado em Brasília. Quem sabe não teremos, em um futuro breve, outras porvas por aqui.

Futuro otimista
Se o passado do automobilismo de Brasília foi de glória, o futuro promete após a parceria com a Alpine, escuderia que vem encontrando um caminho melhor neste final de temporada. Os desempenhos de Esteban Ocon e Pierre Gasly serviram para mostrar que a parceria com a Alpine pode formar grandes talentos.

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— BWT Alpine Formula One Team (@AlpineF1Team) November 3, 2024

A dupla francesa celebrou a classificação final com entusiasmo. “Estou orgulhoso da equipe. Superamos uma temporada difícil. Teria sido fácil desistir, mas aqui estamos”, disse Gasly, após a prova. A animação tinha motivo. Antes do GP de São Paulo,  a Alpine estava em nono lugar na classificação de construtores, com 16 pontos. O desempenho em Interlagos levou a escuderia ao sexto lugar, com 49 pontos, à frente de equipes mais fortes, como Haas (46) e Racing Bulls (44).

Ocon também não escondeu a satisfação com seu melhor resultado desde a vitória no GP da Hungria de 2021. Ainda mais após liderar a prova por várias voltas. “É muito bom pilotar por aqui e ter o desempenho nivelado na chuva. Alguém muito importante para todos nós disse há muito tempo que na chuva os carros ficam quase iguais. Essa frase não envelheceu e estou muito feliz por estar hoje no pódio”, falou, rememorando Ayrton Senna, muito homenageado no GP de São Paulo.