Quem vem à capital federal a convite da [Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF](https://www.cultura.df.gov.br/) é [Fernando Mendes](https://www.instagram.com/atelierfernandomendes/), presidente do [Instituto Sérgio Rodrigues](http://www.institutosergiorodrigues.com.br/) e um dos mais reconhecidos designers do Brasil a partir de sua estreita trajetória com **Sergio Rodrigues**.
Fernando se apresenta numa palestra no **Museu de Arte de Brasília (MAB)** que discorrerá sobre o **design brasileiro e contemporâneo**, integrando o projeto Sergio Rodrigues e o **mobiliário moderno** na Universidade de Brasília onde curadoria leva o nome de **Airton Costa Junior**.
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Sergio e Fernando tornaram-se **muito próximos**. Além de inúmeras afinidades em comum, **a madeira os uniu**. Como o próprio Mendes diz: _“o profundo apreço pelo desenho, pelo detalhe de uma simples curva que dá sentido a um produto, o pensamento construtivo, o domínio da técnica, o gosto pela madeira e a crença de que um móvel deve ser um objeto de arte e de conforto”_.
Mendes constrói seus **próprios produtos**, mas ao longo dos anos, desde a morte de Rodrigues, ele tem tido a **oportunidade** de **conviver** com o grande **acervo de desenhos** do artista. Identificou protótipos, antigos projetos, **reviu criações incompletas**.
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E isso permitiu que **novas obras** fossem criadas, fruto desse **diálogo** entre **pesquisa e conhecimento**, contando, obviamente, com a essência extraída dos **vinte anos de convivência** ininterrupta entre ambos, que eram primos, amigos e parceiros.
>”Os sete anos em que trabalhei no estúdio de Sergio Rodrigues representaram para mim mais do que as duas faculdades que cursei (Desenho Industrial e Arquitetura). Lá aprendi a importância do entusiasmo ao se projetar, um sofá, uma casa ou um ambiente, não importa o que.
>Quando comecei a fabricar artesanalmente o mobiliário do Sérgio, percebi que suas criações são bem mais do que uma poltrona, uma mesa, uma cadeira. São seres impregnados de emoção e vitalidade. Pode-se dizer em alguns casos que uma cadeira é fêmea ou que é macho, outra parece que anda se virarmos de costas, e assim vai… Sergio cria com a alegria de uma criança, suas peças são brinquedos para gente grande”, escreve Mendes em sua bibliografia.
**Sobre Sergio e a capital**
Sergio Rodrigues **começou a criar** na **mesma época** em que o Brasil investia em uma **nova capital federal**. Suas peças, **inusitadas e originais**, cativaram o diplomata **Wladimir Murtinho**, que **convidou** o arquiteto a **desenhar** os gabinetes ministeriais de Brasília.
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No mesmo ano, Sergio foi chamado para fazer o **design dos móveis** para o interior do histórico **Palácio Pamphilj**, edifício que abriga a **Embaixada do Brasil**, em **Roma**. Criou as poltronas **Mole, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer**.
Em **1961**, foi premiado no **Concorso Internazionale Del Mobile** e recebeu o **Prêmio Lapiz de Plata** na Bienal de Arquitetura de Buenos Aires pelo conjunto de sua obra, em **1987**. Em **2006**, obteve o primeiro lugar na categoria mobiliário da **20º Prêmio Design MCB**, em São Paulo, com a poltrona Diz. **Morreu** em **2014** aos 86 anos.
A palestra tem entrada **franca** e aberta ao público, mas está **sujeita à lotação** do espaço. Dia 1/9, às 19h, no Museu de Arte de Brasília (SHTN, trecho 01).