O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou nesta terça-feira (26) as acusações de autoritarismo que surgiram após decretar a intervenção federal em Washington, D.C.
“Não sou um ditador. Eu só sei como parar o crime. Sou um homem com muito bom senso”, afirmou durante reunião de gabinete.
O republicano elogiou o trabalho da Guarda Nacional no reforço da segurança da capital, iniciado há duas semanas, e prometeu endurecer as punições para crimes violentos. Segundo o líder norte-americano, o governo buscará a pena de morte em casos de homicídio em Washington, embora a prática esteja abolida no Distrito de Colúmbia desde os anos 1980.
A intervenção tem recebido fortes críticas da prefeita da cidade, Muriel Bowser, e do procurador-geral Brian Schwalb. Ambos classificaram a medida como “sem precedentes e ilegal”.
Apesar disso, cerca de dois mil homens da Guarda Nacional foram deslocados, em uma operação que, segundo o New York Times, deve durar 30 dias, com possibilidade de prorrogação.
Trump já sinalizou que a estratégia poderá ser replicada em outras cidades administradas por democratas, como Nova York, São Francisco e Chicago, que chegou a dizer que a cidade está uma “bagunça”.
O presidente norte-americano argumenta que “o crime está fora de controle” e chegou a comparar Washington a capitais de outros países, inclusive Brasília. No entanto, dados oficiais mostram que a criminalidade geral na capital estadunidense atingiu em 2024 o menor nível em 30 anos, com queda de 26% nos crimes violentos em relação a 2023.