O Ministério da Agricultura e Pecuária definiu “estado de emergência zoosanitária”, nesta segunda-feira (22), devido à descoberta de mais novos casos de infecção pelo vírus altamente patogênico da influenza aviária (H5N1) no país. O estado de emergência terá uma duração inicial de 180 dias, podendo ser prorrogado indefinidamente. As informações são do portal G1.
No último sábado (20), foram confirmados mais dois casos da doença, elevando o total de casos em aves silvestres para cinco. Não há registros em humanos. Os primeiros casos foram identificados no Espírito Santo, e novas ocorrências ocorreram no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o ministério, será estabelecido um “comitê de Organização de Emergência”, com o objetivo de “unir esforços de todas as entidades federativas para intensificar a vigilância”.
Anteriormente, o órgão já havia proibido a realização de feiras de exposição de aves devido aos casos identificados.
O ministro da Agricultura, Carlos Favaro, afirmou que “nada muda para o consumidor” e que a principal recomendação para a população é evitar o manuseio de aves mortas e contatar as “autoridades competentes” quando necessário.
“O consumidor pode continuar consumindo carne e ovos de aves sem problemas“, afirmou o ministro.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ressaltou em comunicado que os focos identificados são de aves silvestres e que a descoberta dos casos da doença “não deve afetar as exportações”.
De acordo com a entidade, “o Brasil ainda é reconhecido como livre dessa enfermidade pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), uma vez que a produção comercial não apresenta nenhum registro da doença”. A ABPA também enfatizou que as autoridades brasileiras devem fornecer os devidos esclarecimentos aos países importadores.
“A ABPA também afirma que não há nenhum risco ao abastecimento de produtos, ao mesmo tempo em que lembra que, de acordo com todas as organizações internacionais de saúde, não há nenhum risco no consumo desses produtos“, declarou.