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Memorial JK: espaço que preserva e conta história de Brasília

Espaço localizado em um dos pontos mais altos da cidade foi uma homenagem de Dona Sarah

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Mais uma obra de Oscar Niemeyer que embeleza a cidade de Brasília, o Memorial JK foi inaugurado em 12 de setembro de 1981 para homenagear o ex-presidente do Brasil e responsável pela construção da capital. A ideia de construir um memorial foi de sua esposa Sarah Kubitschek, que cumpriu à risca o planejamento de inauguração. 

O espaço que é um museu e um mausoléu — onde está o túmulo de Juscelino com seus restos mortais — conta com um grande acervo pessoal do ex-presidente e itens da construção da cidade, histórias que se entrelaçam e quase se misturam em muitos momentos da vida de JK. 

Escultura Honório Peçanha

O Memorial JK está localizado na Praça do Cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade, onde no dia 3 de maio de 1957, antes mesmo da transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, foi celebrada a primeira missa por Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, Cardeal Arcebispo de São Paulo. O edifício ocupa espaço correspondente a 1/5 do terreno, que inclui espelhos d’água, verde do gramado e dos jardins. 

Um dos destaques no local, com área total de 25 mil metros quadrados, são as roupas do ex-presidente que evidenciam a sua vaidade, além do vestido de gala usado por dona Sarah e o fraque que JK usou na sua posse, e uma caneta de ouro maciço. A faixa presidencial, a biblioteca pessoal e medalhas também fazem parte do acervo. 

Vitral acima da urna funerária, de Marianne Peretti

A solenidade oficial de inauguração teve início no dia 10 de setembro, no cemitério Campo da Esperança, onde foi feita a exumação dos restos mortais de Kubitschek. No dia seguinte, ocorreu o traslado do corpo do ex-presidente, em cortejo do Corpo de Bombeiros para a Câmara dos Deputados, onde passou a noite sob vigília do povo de Brasília. 

No dia 12 o cortejo deixou a Câmara dos Deputados, passou pela Praça dos Três Poderes e Eixo Monumental. Na chegada, a Guarda do Palácio do Planalto lhe prestou continência e foi recebido com honras fúnebres e salva de tiros do Exército Brasileiro formado em tropa. A Marinha, Exército e Aeronáutica fizeram homenagens na entrada do memorial.

Visita

Na entrada do Memorial JK, o visitante encontra uma seleção de painéis que ilustram a história do político. Nesses painéis, os visitantes podem rever momentos marcantes de sua trajetória política, cenas descontraídas de sua vida pessoal e o registro vigoroso da construção de muitos de seus sonhos.

Já na Sala de Metas, é possível ver as fotos de obras de JK que representam os cinco grandes grupos em que se dividiram suas 30 metas – energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Um dos destaques do espaço é um retrato a óleo em tamanho natural de Juscelino Kubitschek, pintado por Cândido Portinari, em 1956. E também a ampliação da célebre carta, escrita em 1961 dirigida ao povo brasileiro em sua despedida do governo. 

A biblioteca particular conta com o escritório que pertenceu ao ex-presidente e mais de três mil livros de história, medicina, economia, política, arte, direito, biografias, livros técnicos e outros, inclusive a coleção de Shakespeare que foi presente da Rainha da Inglaterra a Juscelino. A Sala de Pesquisas tem um acervo histórico completo sobre o período JK, com a sua biografia, discursos, documentos sobre a construção de Brasília, Operação Pan-Americana e dados sobre o Programa de Metas e a Operação Nordeste – Sudene.

Juscelino Kubitschek nasceu  em 12 de setembro, na cidade de Diamantina, em Minas Gerais e morreu em um acidente de carro em 22 de agosto de 1976. Foi presidente do Brasil entre 31 de janeiro de 1956 e 31 de janeiro de 1961.