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Influenciado por inflação fraca nos EUA e sinalizações de Trump, dólar cai e fecha o dia a R$ 6,05

Preço da moeda norte-americana regride com expectativas de política monetária do próximo presidente

O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (14) em queda, influenciado por dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos. 

O índice de Preços ao Produtor (PPI) registrou um aumento de apenas 0,2% em dezembro em relação ao mês anterior, enquanto analistas previam uma alta de 0,4%.

O resultado reflete um menor pressão inflacionária, o que pode motivar o Federal Reserve (Fed) a reconsiderar o ritmo de ajustes nas taxas de juros.

A moeda americana recuou 0,86%, encerrando o dia cotada a R$ 6,05. Internacionalmente, o dólar também mostrou desvalorização, caindo 0,31% frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, 0,57% contra o peso mexicano e 0,52% ante o rand sul-africano, moedas que têm comportamento similar ao real.

Outro fator que contribuiu para a desvalorização da divisa foi a notícia de que o presidente Donald Trump deve discutir um projeto para impor tarifas mensais a outros países de forma gradual, com o objetivo de controlar a inflação interna. Este movimento é visto como uma tentativa de evitar um aumento acentuado nos preços locais, o que poderia desencadear uma nova rodada de pressões inflacionárias.

No cenário doméstico, a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o pacote fiscal deve ser aprovado pelo Congresso com poucas alterações, também impulsionou a valorização do real.

Além disso, membros da equipe econômica sinalizaram medidas para assegurar o cumprimento da meta fiscal, o que ajudou a fortalecer a confiança no mercado.

O PPI é considerado um indicador que antecede o índice de Preços ao Consumidor (CPI), cujo resultado será divulgado nesta quarta-feira (15).

O valor final poderá fornecer indícios mais claros sobre a direção da política monetária do Fed. Uma inflação mais controlada pode abrir espaço para uma redução nas taxas de juros, o que tende a aumentar o fluxo de capital para mercados emergentes em busca de retornos mais elevados, beneficiando o real.

 

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