O **futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad**, garantiu em entrevista à _GloboNews_ no período da tarde desta quarta-feira, 14, que “não há nenhuma possibilidade” de o governo taxar operações do Pix. “_Temos de ir na direção contrária, garantir cada vez mais desenvolvimento a crédito_”, afirmou.
Haddad disse que o ex-secretário da Receita Federal no primeiro ano do governo Bolsonaro, Marco Cintra, queria adotar o imposto único e cogitou tributar o Pix para “_morder parte da receita_” das transações. “_Isso atrapalhou a reforma tributária, ficou se insistindo numa tese tão atrasada do ponto de vista de justiça tributária que parou a reforma, inviabilizou o processo._”
Ele argumentou que são necessárias ações em três frentes para **viabilizar a mobilidade social**: acesso a crédito, educação de qualidade do ensino básico ao superior, e acesso à moradia (reforma agrária e urbana). “_O Brasil perdeu e perde ainda várias oportunidades nesta direção, então como vai taxar o Pix? Temos de fazer reformas na direção contrária_”, disse.
O futuro ministro da Fazenda também qualificou como “_absurda_” a **oferta de crédito consignado aos recursos do Auxílio Brasil** e a “_espoliação_” da população pobre. “_Se a gente não prorroga o Auxílio Brasil, a Caixa quebra, porque nenhum banco privado fez (o crédito consignado), mas a Caixa foi mandada fazer. Só que se não tiver Auxílio Brasil, (a Caixa) vai receber de quem?_”, questionou.
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