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Grupo com 103 fiéis está retido em Jerusalém

Uma caravana religiosa de 103 brasileiros aguarda resgate em Jerusalém, Israel, em meio ao conflito após ataque do grupo Hamas, deflagrado no sábado (7). Neste domingo (8), o governo do Brasil anunciou que seis aeronaves serão utilizadas para realizar a operação de repatriação dos cidadãos, com prioridade aos que vivem no País – mas nenhum posicionamento oficial foi dado ao grupo.

A caravana é comandada pelo pastor Felippe Valadão, da Igreja da Lagoinha, em Niterói (RJ). O grupo saiu do Brasil no dia 28 de setembro e, com passagem por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, chegou a Israel na segunda-feira passada (2). A chegada a Jerusalém ocorreu há três dias.

“Quando chegamos em Jerusalém, à noite, acordamos de madrugada já com o barulho dos foguetes. O pessoal estava tomando café no hotel, foi o maior desespero”, lembra o pastor Felippe Valadão. 

A caravana segue hospedada em um hotel da cidade. A previsão de Valadão é de que o grupo consiga retornar ao Brasil em breve, após preencherem uma lista enviada pela embaixada brasileira em Israel.

A ponte do grupo com o Itamaraty foi realizado com ajuda do deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Segundo o político, houve problemas ao contatar o Itamaraty ao longo de sábado, mas, no domingo pela manhã, tudo já estava resolvido. “As pessoas que estão lá estão em estado emocional debilitado. É um desafio grande nessa caravana, porque há bebês e idosos”, declarou Ribeiro.

Felippe Valadão relata o clima tenso na cidade de Jerusalém após os ataques. “O clima é de guerra. É possível ver soldados e até civis de armas nas mãos, como metralhadoras. Isso é chocante para nós, não estamos acostumados. Só os serviços emergenciais estão funcionando, como padarias, farmácias. Quase não há restaurantes abertos”, relata Valadão. 

O pastor afirma que, por motivos de segurança, o hotel onde está hospedado o grupo proibiu o uso das áreas de lazer do espaço, forçando os hóspedes a se alojarem nos quartos. “Ao ligar a televisão, só existe noticiário da guerra. É terrível. Isso prejudica a saúde emocional das pessoas”, diz.

Para a caravana, outra opção é aguardar até terça-feira (10), quando está planejada a decolagem do voo de retorno comprado pelo grupo antes de estourar o conflito. Até a publicação desta reportagem, a companhia aérea Emirates não havia cancelado a viagem, diz o pastor. “Só vamos ter paz quando estivermos dentro do avião”, diz Valadão.

Estadão Conteúdo

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