O governo dos Estados Unidos anunciou que, a partir de março, as importações de aço e alumínio estarão sujeitas a uma tarifa de 25%, eliminando isenções e cotas para grandes fornecedores, como o Brasil. A decisão foi oficializada por decreto assinado pelo presidente Donald Trump na segunda-feira (10).
A medida preocupa a indústria brasileira, que pode ser forçada a buscar novos mercados para evitar prejuízos e cortes na produção. Apesar disso, integrantes do governo Lula acreditam que a taxação pode ser um instrumento de negociação e que os EUA podem rever a decisão.
O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral explica que o decreto ainda precisa passar por trâmites técnicos no Departamento de Comércio dos EUA, que definirá quais produtos serão afetados. “Como é um ato executivo, Trump pode voltar atrás ou ajustar a qualquer momento”, afirma.
Em 2018, em sua primeira gestão, Trump impôs tarifas semelhantes, mas negociou exceções com o Brasil e outros parceiros comerciais. O governo brasileiro acompanha a situação e avalia os próximos passos para evitar impactos significativos no setor.