A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enfrenta uma crise de efetivo que tem comprometido a segurança dentro das delegacias, tanto para os servidores quanto para a população, exacerbada pela alta taxa de pedidos de exonerações e aposentadorias entre os policiais civis.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), o problema se estende à conclusão das investigações e ao atendimento aos cidadãos, que voltam para casa muitas vezes sem solução para suas demandas.
O presidente da entidade, Enoque Venancio de Freitas, informou que as nomeações anunciadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para 1º de novembro não serão suficientes para suprir o déficit na PCDF.
“A recomposição dos quadros é fundamental para que a falta de policiais civis não prejudique ainda mais o andamento das investigações e o atendimento aos cidadãos. Mas novas nomeações, sem a valorização da carreira, não solucionarão a evasão de investigadores, que a cada dia buscam melhores oportunidades no serviço público. Ou seja, a curto prazo, essas nomeações não terão efeito prático”, disse.
Enoque também explicou que a categoria tem reivindicado o restabelecimento da simetria salarial com os policiais federais, destacando a importância de equalizar os subsídios entre as duas instituições.
“As novas nomeações para a PCDF não resolverão o problema de desmotivação entre a categoria. Os pedidos de exoneração e o abandono da carreira em busca de segmentos mais atrativos continuarão. O problema de efetivo na corporação será resolvido quando os policiais civis voltarem a se sentir valorizados, com uma remuneração que se iguale à importância do trabalho que prestam aos cidadãos”, emendou.