GPS Brasília comscore

Empresários e deputados federais defendem manutenção do Perse

A Câmara dos Deputados presenciou uma mobilização significativa pela manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Parlamentares e empresários defenderam, nesta quarta-feira (27), durante comissão geral no Plenário da Câmara dos Deputados, a manutenção integral das regras do programa. O fim delas está previsto em duas Medidas Provisórias (1.202/23 e 1.208/24) enviadas pelo Poder Executivo ao Congresso.

Com a presença de mais de 150 parlamentares, houve clara manifestação de apoio à preservação integral do programa, refletindo a importância do Perse para a recuperação econômica, particularmente após os impactos da pandemia sobre o setor de eventos e serviços. A maioria dos deputados federais posicionou-se firmemente contra propostas de modificação que possam enfraquecer o programa, destacando sua relevância para a economia do País, especialmente para segmentos como o turismo, hospitalidade e entretenimento, que sofreram duramente com as restrições sanitárias.

Em seu discurso, o deputado Rafael Prudente (MDB-DF) defendeu a necessidade de manter o Perse sem mudanças. Ele apontou a criação de empregos como um dos benefícios diretos do programa, lembrando que, no último ano, quatro em cada dez empregos surgiram em setores amparados pelo programa. Prudente também enfatizou a importância da segurança jurídica para o planejamento empresarial.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) reforçou a posição, enfatizando ainda a necessidade de segurança jurídica para os empresários e a importância do Perse na salvaguarda da economia ligada ao turismo. Do mesmo modo, o senador Izalci Lucas (PL-DF) manifestou seu apoio, sublinhando o trabalho realizado em prol do programa e sua relevância para a continuidade da geração de emprego e renda em todo o país, e particularmente em Brasília.

Paulo Octávio,Lilian Cavalheiro, Henrique Severien e o deputado federal Rafael Prudente (MDB), durante a comissão geral

Paulo Octávio, Lilian Cavalheiro, Henrique Severien e o deputado federal Rafael Prudente (MDB). Foto: Divulgação

Representante da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação Fora do Lar (FBHA), Lilian Cavalheiro, destacou que é imperativa necessidade de manter o Perse sem alterações até 2027. “Este compromisso não é apenas econômico, mas um investimento na reconstrução e futuro do Brasil”, comentou.

“O apoio ao Perse reflete uma abordagem consistente e suprapartidária, evidenciando o reconhecimento do programa como uma medida fundamental, não apenas para a recuperação imediata do setor de serviços, mas também como um investimento estratégico no crescimento sustentável e diversificação da economia brasileira”, destacou, afirmando ainda que é “crucial reconhecer o papel fundamental do Perse na recuperação econômica e no fomento à geração de empregos, pois Brasília, como capital e coração político do País, deve continuar a expandir seu potencial turístico, beneficiando-se integralmente dos efeitos positivos do programa”.

Mudança no apagar das luzes de 2023
A proposta do governo Lula de encerarar o programa é alvo de críticas desde dezembro, quando surgiu a primeira das MPs. Em março, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou e prometeu enviar ao Legislativo um projeto de lei para criar uma versão mais enxuta do Perse.

Para o presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Manuel Linhares, o fim do Perse traria insegurança jurídica. “Qual o interesse de cortar as pernas de quem está se levantando da pior crise da história?”, questionou, citando a pandemia da covid-19, que provocou o fechamento de vários hotéis pelo País.

Empresário do setor hoteleiro da capital, Paulo Octávio esteve presente à sessão. Ele criticou a tentativa de corte do Perse e avaliou o quanto Brasília pode perder, em entrevista ao site Misto Brasília. “Brasília foi eleita pelo New York Times como a mais importante do Brasil para ser visitada. E tem no Perse a segurança de que novos investimentos vão ocorrer. Retirar o programa é cortar a capacidade de investimento e de geração de empregos das empresas”, afirmou.

“Essa insegurança jurídica atormenta o Brasil de hoje. Se existe um planejamento tributário, ele deve ser respeitado. Quem estava pensando em gerar empregos, e no turismo isso ocorre mais rapidamente, teve sua capacidade diminuída”, avaliou.

O deputado Paulo Litro (PSD-PR) disse que o setor de eventos deixou de faturar R$ 230 bilhões e o de turismo, R$ 475 bilhões com a pandemia

O deputado Paulo Litro (PSD-PR) disse que o setor de eventos deixou de faturar R$ 230 bilhões e o de turismo, R$ 475 bilhões com a pandemia. Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Crise causada pela pandemia
Presidente da Comissão de Turismo da Câmara, o deputado federal Paulo Litro (PSD-PR) destacou que os segmentos de turismo e eventos somam 12% do PIB, mantendo cerca de 10 milhões de empregos com carteira assinada. “Durante a pandemia de Covid-19, o setor de eventos deixou de faturar R$ 230 bilhões; o de turismo, R$ 475 bilhões. Se não fosse esse programa, milhares e milhares de empregos teriam sido perdidos”, recordou Paulo Litro.

O presidente da Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira, deputado Gilson Daniel (PODE-ES), também enfatizou o peso econômico que todos os segmentos atendidos pelo Perse têm. “O programa é necessário para a recuperação e o impulsionamento de setores relevantes no PIB”, afirmou.

Renúncia fiscal
Criado em 2021 para a desoneração de tributos sobre eventos, hotéis e turismo, entre outros, o Perse duraria dois anos, a fim de mitigar efeitos da pandemia de Covid-19. Em 2023, foi prorrogado pelo Congresso. Segundo o Ministério da Fazenda, a renúncia fiscal gerada pelo Perse superou a estimativa inicial de R$ 4,4 bilhões. Dados preliminares indicam que ficou entre R$ 17 bilhões e R$ 32 bilhões em 2023, daí a ideia inicial de acabar com o programa. Empresários cobram o detalhamento dos dados à pasta, mas isso nunca ocorreu.

Ao criticar o Ministério da Fazenda, o presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas, Murilo Pascoal, disse que o Perse resultou em cerca de R$ 20 bilhões em transações fiscais. “O programa deve ser fiscalizado, não limitado”, afirmou. (com Agência Câmara de Notícias)

QUER MAIS?

INSCREVA-SE PARA RECEBER AS NOTÍCIAS DO GPS BRASÍLIA!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

Veja também

Disponível no Amazon Prime Video, o filme sobre o Bvlgari …

Com a participação de mais de 90 vinícolas brasileiras, a …

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 42

Siga o GPS

Newsletter

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI

GPS Brasília - Portal de Notícias do DF
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.