Henrique Neri O dólar perdeu força ao longo da tarde desta segunda-feira (8) e se afastou das máximas observadas pela manhã, em meio ao aprofundamento das perdas da moeda americana no exterior, sobretudo na comparação com divisas fortes. Ainda assim, encerrou em alta no mercado doméstico, refletindo o aumento das tensões políticas internas.
A moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,4037 e a máxima de R$ 5,4482, fechando cotada a R$ 5,4173, em valorização de 0,09%. Em setembro, acumula ligeira queda (-0,09%), após desvalorização de 3,19% em agosto. No ano, recua 12,34%.
Já o Ibovespa oscilou entre mínima de 141.329,17 e máxima de 143.089,43 pontos, saindo de abertura aos 142.640,14. No encerramento, marcava 141.791,58, em baixa de 0,59%, com giro enfraquecido a R$ 16,7 bilhões na sessão. No mês, o índice brasileiro tem ganho de 0,26%, em alta de 17,88% ao longo do ano.
Segundo operadores, o ambiente político pesou contra o real nesta semana decisiva do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), após ataques do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao ministro Alexandre de Moraes durante manifestações pró-anistia no feriado de 7 de setembro.
No radar internacional, investidores aguardam a divulgação do CPI dos EUA na quinta-feira (11) após o payroll de agosto, que mostrou fraqueza no mercado de trabalho. A expectativa é de que o Federal Reserve reduza a taxa básica americana em pelo menos 25 pontos-base no próximo dia 17.
