O Ibovespa voltou a renovar máximas históricas nesta sexta-feira (5), embalado pelos dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que reforçaram as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve ainda neste mês. Pela manhã, o índice chegou a subir mais de 1% e superar os 143 mil pontos, aos 143.402 na máxima no dia. Às 15h40, pressionado por petroleiras, reduziu o fôlego, mas fechou em alta de 1,02%, a 142.432 pontos.
O dólar também reagiu ao payroll, relatório oficial de emprego dos EUA, e encerrou em queda firme, ainda que distante das mínimas vistas pela manhã, quando rompeu o piso de R$ 5,40. A moeda americana fechou em baixa de 0,63%, cotada a R$ 5,4124, após mínima de R$ 5,3826. No acumulado da semana, caiu 0,18%, ampliando as perdas no ano para 12,42% frente ao real, que segue como a divisa de melhor desempenho na América Latina.
O relatório de emprego dos EUA mostrou criação de apenas 22 mil vagas em agosto, muito abaixo da mediana das estimativas de 76 mil, reforçando a percepção de enfraquecimento da atividade. A curva de juros passou a precificar quase 100% de probabilidade de corte de 0,25 ponto pelo Fed no encontro de 17 de setembro e abriu espaço para apostas em redução acumulada de até 75 pontos-base até o fim do ano. Parte do mercado chegou a especular chance superior a 10% de corte de 50 pontos já neste mês.
No Brasil, além do efeito externo, a queda de mais de 2% no petróleo influenciou ajustes intradiários, limitando a valorização da Bolsa e ajudando a puxar o câmbio de volta para cima de R$ 5,40.