Henrique Neri A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto apresentou recurso contra o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Primeira Turma que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Na mesma ação, os advogados questionam um vídeo exibido pelo ministro Alexandre de Moraes, que mostra a depredação durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
Os intercessores de Braga Netto afirmam que o material não faz parte dos atos investigados no Supremo. Moraes exibiu um vídeo com imagens dos ataques, trechos de conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) e leu os destaques da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
De acordo com Moraes, a participação da cúpula do governo se concentrou no ataque do sistema eleitoral, disseminação de fake News na internet e realização das lives do ex-presidente com uso de estrutura pública. O vídeo, preparado pelo gabinete do ministro, diz ter utilizado fatos notórios já utilizadas sobre o 8 de janeiro.
A defesa de Braga Netto diz que no vídeo tem cenas de dois episódios que não fazem parte da investigação: tentativa de invasão à sede da PF e tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
Além disso, os advogados consideraram omissão do STF ao pedido de anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e ao decidir sobre a alegação não tiveram total acesso aos elementos reunidos pela investigação.
