Adélia Prado, 88 anos, mineira de Divinópolis e renomada poetisa brasileira, conquistou o Prêmio Camões 2024, a mais prestigiosa honraria da língua portuguesa. Este prêmio busca reconhecer autores que enriqueceram o patrimônio literário e cultural da língua. Este mês, a escritora também foi premiada com o Prêmio Machado de Assis pela Academia Brasileira de Letras (ABL), celebrando o conjunto da sua obra.
Adélia Prado iniciou no cenário literário em 1975, quando enviou seus poemas a Carlos Drummond de Andrade. Impressionado, Drummond encaminhou os poemas para a Editora Imago, resultando na publicação de ‘Bagagem’. O livro chamou a atenção da crítica e marcou o início de sua carreira.
Em 1978, Prado escreveu ‘O Coração Disparado’, obra que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de Literatura. Nos anos seguintes, ela explorou a prosa com ‘Solte os Cachorros’ (1979) e ‘Cacos para um Vitral’ (1980), se consolidando como uma das maiores escritoras do País.
A poetisa, professora, filósofa, romancista e contista é uma figura central do modernismo brasileiro. Considerada a maior poetisa viva do Brasil, e licenciada em filosofia, exerceu o magistério por 24 anos antes de se dedicar integralmente à escrita. Adélia Prado tornou-se a terceira escritora brasileira, e a primeira mineira, a vencer o Prêmio Camões em seus 35 anos de história.