Elemento histórico no Brasil, os cobogós são também símbolo da arquitetura de Brasília. Criado em 1929, com o objetivo de proteger do sol e manter a iluminação natural e ventilação no ambiente, as tramas vazadas teriam sido inspiradas nos desenhos dos árabes muxarabis.
A invenção foi de dois comerciantes e um engenheiro pernambucanos, que eles utilizaram as sílabas iniciais dos seus sobrenomes Coimbra, Boeckmann e Góes para dar nome ao elemento.
O cogobós é destaque em projetos na CASACOR Brasília, que é realizada até 16 de outubro, presente em diversos ambientes da edição na Arena BRB Mané Garrincha, em diferentes formatos e materiais: barro, cimento, madeira, cerâmica e tijolo.
As novas versões do elemento construtivo, entretanto, reafirmam as suas principais funções, dividir ambientes e promover a eficiência bioclimática, tema este tão atual.O espaço Le Jardin por Bela Salvati, assinado pelo Olzi Arquitetura, utilizou o cobogó quadrado para separar dois ambientes. Já no Lounge SV², a bilheteria da mostra concebida pelos Studio Vírgula e Studio Vanguarda, eles apareceram redondos e brancos para permitir a entrada de luz natural. A mesma cor foi escolhida por Mariana Leal para o ambiente Morada 11.11 em homenagem ao artista sergipano radicado na Bahia Jenner Augusto e pelo Studio Arch+ para a Casa Conectada Claro.
O arquiteto Márcio Correa inseriu os clássicos cobogós que aparecem em edificações brasilienses no seu ambiente, o Meu Ryokan. No projeto do profissional eles foram entremeados por elementos formando uma imagem original. Já Anastácia Hersen e Mateus Mendes lançaram mão de cobogós artesanais na cor de tijolo no ambiente.
Já no Restaurante Cucan do chef Simon Lau, projeto da On Arquitetura que homenageia Brasília, o cobogó está ao fundo do ambiente.