A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) formou maioria, nesta terça-feira (3), pelo arquivamento de três pedidos de cassação do mandato do deputado distrital Daniel Donizet (MDB). O parlamentar é acusado de crimes contra a dignidade sexual.
Assinaram a favor do arquivamento: o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB); o vice-presidente, Ricardo Valle (PT); o primeiro secretário, Pastor Daniel de Castro (PP); o segundo secretário, Roosevelt Vilela (PL); o terceiro-secretário, Martins Machado (Republicanos); e o deputado distrital Jorge Vianna (PSD). Apenas a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) não assinou.
Os pedidos de cassação decorrem de denúncia feita em abril pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). As acusações, segundo os promotores, dizem respeito ao período em que o parlamentar foi administrador regional do Gama.
Donizet foi denunciado pela Procuradoria-Geral de Justiça do DF, uma vez que tem prerrogativa de foro. Até o momento, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) ainda não decidiu se irá aceitar a denúncia.
À época, o distrital negou todas as acusações e classificou os relatos como parte de uma “acusação falsa, mentirosa e orquestrada”. Segundo Donizet, a denúncia era uma tentativa de destruir sua imagem pública e a da sua família.
“Estão querendo tomar o nosso mandato, destruir minha imagem e a da minha família. Me vejo obrigado a me defender. Não é justo o que estão fazendo comigo”, afirmou.
Ele disse ainda que foi surpreendido com relatos de pessoas que, segundo ele, sequer trabalharam com ele. “As acusações são de pessoas que eu nunca vi, que não conheço e que jamais trabalharam comigo”, alegou o distrital.