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Cildo Meireles retorna ao Brasil com duas exposições inéditas em São Paulo

Após um hiato de cinco anos, artista lança mostras simultâneas nas galerias Luisa Strina e Galatea
Cildo Meireles retorna ao Brasil com duas exposições inéditas em São Paulo
À esquerda: Cildo Meireles 1948, Sem título, 1973, Assinado no verso (crédito: Ding Musa) | à direita: Épura - Cadeira 2 (crédito: ©️Cildo Meireles Courtesy Galerie Lelong & Co., New York)

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A partir do dia 3 de outubro, São Paulo se tornará o epicentro de duas exposições simultâneas de Cildo Meireles, um dos maiores nomes da arte conceitual brasileira. As galerias Luisa Strina e Galatea, localizadas na Rua Padre João Manuel, unem forças para apresentar novas vertentes do trabalho do artista. 

Na Luisa Strina, será exibida a mostra Uma e algumas cadeiras/Camuflagens, com obras inéditas no Brasil. Enquanto isso, a Galatea abre suas portas para Cildo Meireles: desenhos, 1964-1977, uma seleção de desenhos que percorrem mais de uma década de sua carreira.

A colaboração entre as galerias traz à tona a multiplicidade de Cildo, oferecendo ao público um panorama vasto de sua trajetória. “Essas exposições sublinham a capacidade do artista de transformar objetos cotidianos em obras de grande significado. Ao mesmo tempo, resgatam uma parte menos explorada de sua carreira, os desenhos, que, segundo Cildo, são pontes entre o pensamento e o papel”, destaca Diego Matos, curador responsável pelos textos críticos das mostras.

Na galeria Luisa Strina, o público poderá conhecer de perto Uma e Sete Cadeiras, uma instalação que já passou por Nova York e que remete ao conceito de One and Three Chairs, do artista Joseph Kosuth. “São sete variações de uma cadeira, cada uma construída com diferentes materiais, como vidro, serragem e até uma torre de acrílico que destaca a ideia de vazio”, explica Cildo.

Já na série Camuflagens, o artista apresenta um diálogo com objetos cotidianos como cadeiras de praia e guarda-chuvas, utilizando pinturas para subverter seus significados originais. “Essas pinturas são camufladas em objetos de uso diário, mas sempre há uma funcionalidade intrínseca, uma representação planejada”, comenta o artista.

Enquanto isso, a Galatea se dedica a uma faceta menos conhecida, mas essencial, de Cildo Meireles: o desenhista. A exposição apresenta obras que vão de cenas figurativas a experimentações abstratas. Em uma delas, Cildo utilizou suas próprias digitais para criar círculos, uma marca registrada do seu experimentalismo.

Serviço:

Cildo Meireles: Uma e algumas cadeiras/Camuflagens
Local: Galeria Luisa Strina
Abertura: 3 de outubro, quinta, das 19h às 21h
Endereço: Rua Padre João Manuel, 755, São Paulo

Cildo Meireles: desenhos, 1964-1977
Local: Galeria Galatea
Abertura: 3 de outubro, quinta, das 19h às 21h
Endereço: Rua Padre João Manuel, 808, São Paulo