O deputado distrital Chico Vigilante (PT) avaliou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma medida justa e necessária para a democracia brasileira. A declaração foi feita nesta terça-feira (5), durante o Vigilante POD, podcast apresentado pelo parlamentar, que teve como convidado o presidente do PT-DF, Guilherme Sigmaringa.
Para Chico, Bolsonaro deve responder legalmente por seus atos, e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs o recolhimento domiciliar, não representa perseguição, mas o cumprimento da lei. “Não se trata de vingança, mas de fazer justiça. Bolsonaro e seus aliados atacaram a democracia e isso não pode ficar impune”, afirmou o distrital, ao defender rigor no enfrentamento de grupos extremistas.
Sigmaringa concordou com a avaliação e destacou que a medida reforça a importância do devido processo legal e do fortalecimento das instituições democráticas. Para ele, a prisão “é um recado claro contra o autoritarismo”. “Bolsonaro não está acima da lei”, afirmou.
Durante o programa, os dois dirigentes fizeram duras críticas à complacência das instituições com os atos do ex-presidente nos últimos anos, e reforçaram que a prisão é resultado da repetida desobediência de Bolsonaro às determinações do STF. “Ele provocou para ser preso. Testou as instituições como se estivesse esperando um salvador externo. Não é possível que parte da população continue acreditando que a verdade está só do lado deles”, afirmou Sigmaringa.
Para Sigmaringa, a medida desarticula o campo da oposição e gera insegurança no planejamento do grupo para 2026. “É um momento que pode marcar o início do enfraquecimento dessas forças autoritárias. A gente precisa ocupar esse espaço político com alianças amplas, unindo todos que se opõem à extrema-direita”, afirmou.
Chico Vigilante também reforçou a necessidade de união entre forças progressistas e afirmou que o PT-DF já se organiza para a próxima disputa ao Palácio do Buriti. Sigmaringa informou que o partido iniciou a formação de comitês regionais e assembleias setoriais para debater propostas e identificar lideranças. “Estamos estruturando uma chapa competitiva para 2026. Vamos apresentar propostas com base na participação democrática”, disse o presidente regional do PT.