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Centro-Oeste lidera feminicídios no País; Goiás tem mais um caso

Média na região é de dois casos a cada 100 mil mulheres
Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil | Foto: Reprodução/ Arquivo EBC
Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil | Foto: Reprodução/ Arquivo EBC

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Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a região Centro-Oeste tem o maior índice de feminicídios no Brasil, com uma média de 2 vítimas a cada 100 mil mulheres. Mais um caso foi confirmado em Aparecida de Goiânia (GO). Igor Porto Galvão, fisiculturista e nutricionista, é suspeito de tirar a vida da esposa, Marcela Luise de 31 anos. Igor foi preso na última sexta-feira (17).

De acordo com os dados divulgados pelo FBSP, foram 1.463 vítimas de feminicídio no ano passado em todo o país, ou seja, 1,4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil. O Centro-Oeste, os números superam as outras regiões. Na sequência vêm o Norte (1,6 feminicídios a cada 100 mil mulheres), o Sul (1,5 a cada 100 mil), o Nordeste (1,4) e o Sudeste, que está abaixo da média nacional, com 1,2 casos a cada 100 mil mulheres. 

A Lei 13.104/2015 determinou que fica configurado feminicídio quando há morte de mulher “por razões da condição de sexo feminino”, o que inclui casos de crimes que envolvam violência doméstica e familiar, bem como menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

 

Fisiculturista é preso em Goiás

O crime ocorrido no início do mês na cidade próxima à Goiânia ganhou bastante repercussão nas redes sociais. Marcela Luise ficou em coma e estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)  após ser agredida, provavelmente, pelo próprio marido. Infelizmente, ela não resistiu e morreu na noite da última segunda-feira (20). O possível agressor alegou que os ferimentos da esposa foram causados por uma queda enquanto ela limpava a casa. No entanto, o laudo pericial realizado pela Polícia Civil de Goiás desmentiu essa versão, confirmando que os ferimentos foram resultados de fortes agressões. A vítima sofreu traumatismo craniano, fraturas na clavícula e oito costelas e ficou com várias escoriações pelo corpo.

A delegada responsável pelo caso declarou que Igor tem antecedentes criminais por violência contra outra mulher, além de brigas com uma vizinha e um funcionário de supermercado. Marcela deixa uma filha pequena.