A luta por igualdade de gênero e racial ganhou mais visibilidade nesta segunda-feira (12), durante a cerimônia do Prêmio Engenho Mulher 2025, realizada no Museu de Arte de Brasília (MAB).
A premiação homenageia lideranças femininas que promovem transformação social e foi marcada por discursos potentes, incluindo o da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
“Queremos uma nação onde não se mate mulheres, onde não se violente mulheres, onde não se estupre mulheres. Ainda não é a realidade que vivemos, mas é por ela que lutamos. Essas mulheres homenageadas nos ajudam a contar a história de todas as mulheres do DF”, declarou Celina.
Nesta edição, o prêmio reconheceu três mulheres negras de destaque na sociedade brasiliense:
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Gina Vieira, professora da rede pública e idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras;
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Joice Marques, ativista e fundadora da Casa Akotirene, em Ceilândia Norte;
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Rosane Garcia, jornalista e presidente da ONG AscapBsB, que realiza trabalho voluntário com famílias em vulnerabilidade.
A curadoria do prêmio ficou por conta de um júri formado por jornalistas de grande representatividade, como Basília Rodrigues (CNN Brasil), Neila Medeiros (Record TV), Carmen Souza (Correio Braziliense), Claudia Meirelles (Metrópoles), Jane Godoy, Paola Lima (Agência Senado) e Raiane Sena (TV Globo).
A idealizadora do prêmio, a jornalista Kátia Cubel, enfatizou que o objetivo da premiação vai além da homenagem. É uma forma de incentivar mulheres que fazem a diferença a seguirem firmes em seus caminhos.
“Essas mulheres empreendem socialmente, atuam com voluntariado e inspiram comunidades inteiras. O reconhecimento é uma mensagem clara: sigam em frente, transformem o mundo e inspirem outras pessoas”, pontuou Kátia.
Representante do governador Ibaneis Rocha (MDB), Celina Leão também reforçou a importância de debater a desigualdade racial.
“O Censo mostra que mais da metade da população do DF é parda ou preta. Por que essas pessoas ainda não estão em posição de destaque? É um momento de celebração, mas também de reflexão”, completou a governadora.
“Nossa missão é fazer a ponte entre o enfrentamento à violência e a promoção de oportunidades. Trabalhamos para garantir mais espaços de poder e empregabilidade para as mulheres do DF”, destacou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, que também prestigiou a cerimônia.