Na manhã desta segunda-feira (28), um apagão de grandes proporções atingiu diversos países da Europa, com forte impacto em Portugal e Espanha. Também há registros de falhas na França, Alemanha, Itália, Bélgica e até mesmo no norte da África, como Marrocos. A origem da falha ainda não foi oficialmente confirmada, mas há indícios de problemas técnicos na rede elétrica europeia e suspeitas de um possível ciberataque.
O corte de energia teve início no fim da manhã e se alastrou rapidamente por várias regiões da Península Ibérica. Em Portugal, localidades como Lisboa, Algarve e Coimbra ficaram completamente sem luz, afetando também a conectividade à internet e linhas telefônicas. A operadora portuguesa E-REDES confirmou que, seguindo instruções da REN (Rede Elétrica Nacional), foram realizados cortes controlados de energia em certas zonas para garantir a estabilidade da rede elétrica. A reposição está sendo feita de forma gradual.
Na Espanha, o blecaute se espalhou por diversas cidades como Madri, Barcelona, Sevilha, Granada, Málaga e Cádiz. A Red Eléctrica, operadora espanhola, informou que ativou planos de reposição em colaboração com outras empresas do setor energético.
Caos generalizado
A falha causou efeitos em cadeia: hospitais acionaram geradores de emergência, semáforos deixaram de funcionar, universidades passaram a operar com energia auxiliar e o sistema de transportes foi severamente prejudicado. Em Lisboa, passageiros ficaram presos em vagões de metrô, e no Hospital de Santa Maria foi ativado o plano de emergência para garantir energia nos blocos operatórios e unidades de cuidados intensivos. O Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal pediu à população que só procure atendimento em caso de urgência, para evitar sobrecarga.
Diante da magnitude do evento, o Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal e o Instituto Nacional de Segurança Cibernética da Espanha (INCIBE) investigam a possibilidade de um ataque cibernético coordenado. O ministro da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, afirmou que “pela dimensão que tem, é compatível com um ciberataque”, mas ressaltou que ainda não há confirmação oficial.
*Com informações de agências internacionais