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Abril Marrom alerta para doenças oculares também em crianças

Uso excessivo de eletrônicos, falta de acompanhamento médico e luz solar podem gerar problemas no futuro

As doenças oculares em crianças têm se tornado um tema cada vez mais importante, principalmente com o aumento do uso de dispositivos eletrônicos e a exposição precoce à luz azul. Embora muitas vezes negligenciadas, as condições visuais na infância podem afetar diretamente o desenvolvimento da criança, seu desempenho escolar e sua qualidade de vida. Por isso, detectar e tratar problemas oculares desde cedo é essencial para evitar complicações mais graves no futuro, é o que alerta o Abril Marrom, mês de conscientização sobre a saúde ocular.

De acordo com a oftalmologista Márcia Ferrari, os cuidados devem começar ainda durante a gravidez, já que doenças infectocontagiosas adquiridas no período, como toxoplasmose, Zika, citomegalovírus e rubéola, podem afetar a formação das estruturas oculares e até provocar a perda da visão do bebê. 

Principais doenças oculares

Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo

A miopia (dificuldade para enxergar objetos distantes), hipermetropia (dificuldade para enxergar objetos próximos) e astigmatismo (distorção da visão devido à curvatura irregular da córnea) são os erros refrativos mais comuns em crianças. Esses problemas são causados por uma forma inadequada do globo ocular ou da córnea, impedindo que a luz seja corretamente focada na retina.

O diagnóstico precoce é crucial, pois esses distúrbios podem afetar o aprendizado da criança, principalmente nos primeiros anos. Óculos ou lentes de contato são opções de tratamento eficazes para corrigir esses erros refrativos.

Ambliopia

A ambliopia, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”, ocorre quando um dos olhos não desenvolve uma visão normal, mesmo com correção óptica. Essa condição pode ser causada por diferentes fatores, como estrabismo (desalinhamento dos olhos), erro refrativo não corrigido ou catarata congênita.

Se não tratada até os oito anos, a ambliopia pode levar à perda permanente da visão no olho afetado. O tratamento inclui o uso de tampões no olho bom, exercícios visuais ou, em casos mais graves, cirurgia.

Estrabismo

O estrabismo é o desalinhamento dos olhos, o que pode resultar em visão dupla ou dificuldade de percepção de profundidade. Em crianças, essa condição pode ser causada por fatores hereditários ou problemas no desenvolvimento dos músculos oculares. Além disso, o estrabismo pode estar relacionado à ambliopia, quando o cérebro ignora a imagem proveniente do olho desviado. O tratamento pode incluir uso de óculos, terapia visual ou cirurgia, dependendo da gravidade do problema.

Conjuntivite

A conjuntivite, inflamação da conjuntiva (membrana que cobre a parte branca dos olhos), é uma das patologias oculares mais comuns nos pequenos. Pode ser causada por vírus, bactérias ou alergias, e os sintomas incluem olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo, secreção ocular e coceira. Quando for viral, os sintomas geralmente melhoram por conta própria, mas nos casos bacterianos, antibióticos podem ser necessários. O tratamento depende da causa. 

Catarata congênita

A catarata congênita, uma condição rara, ocorre quando a criança nasce com opacidade no cristalino do olho, dificultando a visão. Esse problema pode afetar um ou ambos os olhos e, se não tratado adequadamente, pode levar a uma perda severa de visão. O tratamento para geralmente envolve cirurgia para remover a lente opaca e, em alguns casos, a substituição por uma lente intraocular.

Diagnóstico e tratamento 

A detecção precoce de problemas oculares é fundamental para garantir que as crianças tenham um desenvolvimento saudável. Muitas condições, como a miopia e a ambliopia, podem ser corrigidas com o uso adequado de óculos ou lentes de contato, se identificadas precocemente. Além disso, outras patologias oculares mais graves, como a catarata congênita e o estrabismo, podem ser tratadas com cirurgia, evitando complicações futuras.

Antes mesmo de sair da maternidade, é importante fazer o teste do olhinho. “O exame possibilita detectar precocemente doenças, como a catarata congênita, o glaucoma congênito e o retinoblastoma, um tipo de câncer mais comum na infância, entre outras possíveis alterações nas estruturas oculares. O objetivo é agilizar o diagnóstico, pois quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores serão as chances de sucesso“, explica Márcia Ferrari.

Os pediatras geralmente realizam exames de rotina, mas é importante que os pais estejam atentos a sinais de problemas oculares, como dificuldade para enxergar o quadro escolar, expressão facial de esforço ao olhar para longe ou para perto, olhos desviados ou lacrimejamento excessivo. Qualquer sinal de desconforto visual deve ser investigado por um oftalmologista pediátrico.

Além do diagnóstico precoce, algumas atitudes podem ajudar a prevenir os problemas oculares nos jovens, são elas: evitar o uso excessivo de eletrônicos, uso de óculos de sol com proteção UV e a realização de exames oftalmológicos regulares.

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