O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, revelou, na manhã desta terça-feira (13), que uma parte dos autores dos atos de vandalismo da noite de segunda-feira (12), em Brasília, estão acampados em frente ao Quartel General do Exército. “Parte desses manifestantes, a gente não pode garantir que são todos porque alguns podem residir inclusive na cidade e em outros locais, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for ali identificado será responsabilizado”, declarou.
Desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do atual governo estão no local e em outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País. Sem aceitar a vitória do petista, apoiadores radicais do atual presidente insistem em pedir um golpe das Forças Armadas para impedir que Lula assuma o governo “A questão da manutenção ou não do acampamento vai ser reavaliada”, declarou o secretário em entrevista coletiva ao lado do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e do delegado Andrei Passos, coordenador da equipe de segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal.
Apesar da sinalização de que o acampamento pode ser desmontado, Júlio Danilo admite que a ação das polícias do DF tem uma limitação. “Esse acampamento se encontra em área militar, sob jurisdição militar, e todo ato de atuação e intervenção tem que ser em coordenação com as Forças Armadas, no caso lá o Comando do Exército”. Danilo afirmou que os militares “têm colaborado e têm tentado organizar”. Na noite de segunda-feira (12), apoiadores de Bolsonaro incendiaram ônibus, carros, depredaram prédios públicos e privados e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no mesmo dia em que o presidente eleito foi diplomado.