Redação GPS O dólar acelerou os ganhos nesta terça-feira (19) acompanhando as mínimas do Ibovespa, e alcançou R$ 5,50 no fechamento, maior valor desde o dia 5. A moeda americana encerrou o pregão em alta de 1,22%, a R$ 5,5009, após máxima de R$ 5,5059. O movimento refletiu a liquidação de papéis de grandes bancos e a recomposição de posições defensivas diante da escalada das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.
Na Bolsa, a pressão sobre o setor financeiro resultou na maior queda percentual do Ibovespa em mais de quatro meses. O índice cedeu 2,10%, aos 134.432,26 pontos, menor nível de fechamento desde 5 de agosto. Na mínima, chegou a 133.996,87 pontos, recuando mais de 3,3 mil pontos ao longo do dia. O giro financeiro foi de R$ 22,4 bilhões. Na semana, acumula perda de 1,40%.
A aversão ao risco aumentou após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que reiterou que leis estrangeiras não têm eficácia automática no Brasil.
Embora motivada por casos de indenização em Mariana e Brumadinho, a decisão teve impacto direto sobre o impasse envolvendo a Lei Magnitsky, utilizada pelo governo americano para sancionar o ministro Alexandre de Moraes. O posicionamento gerou dúvidas no setor bancário, que teme ficar “entre a cruz e a espada”: descumprir sanções dos EUA e sofrer retaliações no exterior, ou cumpri-las e contrariar a legislação brasileira.
