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Irã decide fechar Estreito de Ormuz após ataques dos EUA e aumenta tensão internacional

Parlamento iraniano aprova fechamento do canal estratégico, responsável por 20% do escoamento global de petróleo e gás

O Parlamento do Irã aprovou, neste domingo (22), o fechamento do Estreito de Ormuz, considerado um dos canais mais importantes para o transporte de petróleo do mundo. A medida é uma resposta aos ataques promovidos pelos Estados Unidos ao país, realizados nesse sábado (21). 

O canal marítimo de Ormuz é tido como estratégico por conectar o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e, consequentemente, ao Oceano Índico. O estreito está localizado entre o Irã, ao norte, e Omã e os Emirados Árabes Unidos, ao sul, sendo responsável pelo escoamento de 20% do petróleo e gás do mundo. 

Em resposta à decisão do parlamento iranianiano, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu à China que demova o governo de Teerã da ideia. As declarações foram dadas por Rubio em entrevista ao programa Sunday Morning Futures with Maria Bartiromo, da Fox News. 

“Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo”, declarou Rubio, que também atua como conselheiro de segurança nacional.

“Linha vermelha”

O clima internacional voltou a escalar neste domingo (22) após declarações contundentes do ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, em Istambul. Em coletiva de imprensa, o chanceler acusou os Estados Unidos de ultrapassarem todos os limites com o ataque a instalações nucleares iranianas, ocorrido na noite anterior.

“Não há linha vermelha que os Estados Unidos não tenham ultrapassado em suas ações contra a República Islâmica. E a última, e mais perigosa, foi o bombardeio direto a alvos nucleares. Isso é gravíssimo”, afirmou Araghchi, em referência aos três ataques confirmados pelo presidente Donald Trump.

Apesar de afirmar que a “porta da diplomacia deve estar sempre aberta”, o diplomata foi categórico: “Este não é o momento para diálogo”. O chanceler também revelou que viaja ainda hoje para Moscou, onde terá uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin.

“Temos uma parceria estratégica e sempre coordenamos nossas posições”, declarou ao responder a um veículo russo.

A Rússia, por sua vez, fez sua primeira manifestação pública após o ataque. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, classificou os bombardeios como “irresponsáveis” e uma “grave violação da lei internacional”. Ele também pediu uma resposta urgente do Conselho de Segurança da ONU para conter os ataques conduzidos por Israel e pelos Estados Unidos.

A tensão aumenta em meio à já instável conjuntura do Oriente Médio, com temor de que o conflito se expanda e envolva ainda mais potências globais.

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Edição 42

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