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Profissões ligadas à ciência ainda possuem barreiras para mulheres

Chamadas de STEM, mulheres são apenas 28% dos profissionais das áreas, segundo ONU

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O setor de tecnologia, historicamente dominado por homens, tem visto um crescimento da participação feminina nas últimas décadas. No entanto, mulheres ainda representam uma parcela menor da força de trabalho na área, enfrentando desafios como desigualdade salarial, falta de representatividade e dificuldades para ascensão profissional. Apesar desses obstáculos, iniciativas ao redor do mundo têm impulsionado a inclusão e fortalecido a presença feminina no setor.

Embora as mulheres tenham conquistado um número crescente de diplomas, sua presença em carreiras ligadas à ciência e tecnologia ainda é limitada. 

De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU Mulheres), apenas 28% dos profissionais da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, chamadas de STEM (em inglês) são mulheres. No Brasil, a realidade é ainda mais desigual: segundo a pesquisa Woman in Technology, realizada pela Michael Page em 2021, menos de 20% dos profissionais de tecnologia no país são mulheres.

Para reverter esse cenário, diversas organizações e empresas têm criado programas de capacitação e incentivo à participação feminina na tecnologia, como o PrograMaria, no Brasil, e o Girls Who Code, nos Estados Unidos, que oferecem cursos para ajudar mulheres a ingressarem e terem destaque no setor. Algumas gigantes de tecnologia também vêm implementando políticas de diversidade e equidade salarial para atrair mais talentos femininos.

Nathália de Macedo tem 22 anos e é professora de programação. A escolha pela carreira não veio por proximidade, nem representatividade, muito pelo contrário. Nathália se encantou com um personagem do filme Os Vingadores: o cientista e empresário bilionário Tony Stark, formado em Física e Engenharia Elétrica, e ainda adolescente decidiu que trabalharia na área de tecnologia.  

Por sorte, Nathália diz não ter enfrentado muitos desafios por ser mulher na área em que é minoria, mas o mais marcante ela atribui a sua idade, por ser mais nova que muitos alunos. “Já tive problemas a respeito das aulas devido à minha idade. Geralmente alunos mais velhos são duas situações: ou eles não sabem nada de programação, ou eles sabem algum linguagem defasada, alguma coisa mais antiga, e esse aluno expressa que não confia em pessoas mais novas ensinando“, conta.

Um dos fatores de transformação do mercado é o crescimento do empreendedorismo feminino na tecnologia. Novas startups lideradas por mulheres vêm ganhando espaço e abrindo portas para uma nova geração de profissionais. Pesquisas indicam que empresas com maior diversidade de gênero são mais inovadoras e lucrativas, reforçando a importância de um setor mais equilibrado.

Formação

Mesmo que tenham uma maior taxa de conclusão do ensino superior, as jovens mulheres do País têm optado cada vez menos por graduações em ciências exatas. A última edição das Estatísticas de Gênero, divulgada pelo IBGE, revelou que a participação feminina nos cursos STEM caiu para 22% em 2022. O cenário é ainda mais preocupante nas áreas de Ciência da Computação e Tecnologia da Informação, onde a presença feminina passou de 17,5% em 2012 para 15% em 2022, segundo o Censo da Educação Superior.

Os motivos para estes dados são explicados ainda na educação, onde meninas são desencorajadas, direta ou indiretamente, a seguir carreiras nessas áreas. Portanto, a ausência de modelos femininos e a persistência de estereótipos acabam influenciando a escolha profissional das jovens.

Um dos fatores de transformação do mercado é o crescimento do empreendedorismo feminino na tecnologia. Novas startups lideradas por mulheres vêm ganhando espaço e abrindo portas para uma nova geração de profissionais. Pesquisas indicam que empresas com maior diversidade de gênero são mais inovadoras e lucrativas, reforçando a importância de um setor mais equilibrado.

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