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Zumbido é o terceiro sintoma mais incômodo relatado pelas pessoas; saiba as causas

Embora seja comumente associado a problemas auditivos, o zumbido pode ter diferentes origens

Estamos no mês de conscientização sobre o tinnitus, conhecido popularmente como zumbido no ouvido. A campanha Novembro Laranja busca informar a população sobre essa condição que afeta mais de 28 milhões de brasileiros, segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde. Embora seja frequentemente associado a problemas auditivos, o zumbido pode ter diferentes origens e afetar profundamente a qualidade de vida.

Segundo a American Public Health Agency, esse é o terceiro sintoma mais incômodo relatado pelos pacientes, ficando atrás apenas de dores intensas e tonturas. O impacto psicológico e físico pode ser significativo, especialmente quando associado a estresse ou ansiedade.

A fonoaudióloga Ariane Gonçalves define o zumbido como “a sensação de ouvir sons inexistentes no ambiente, como apitos, chiados ou ruídos contínuos”. O problema pode atingir pessoas de qualquer idade, embora seja mais comum entre indivíduos expostos a sons intensos ou que já apresentem histórico de dificuldades auditivas. Em casos mais raros, também pode aparecer em crianças.

Segundo a especialista, o zumbido pode ser um dos primeiros sinais de doenças como hipertensão, distúrbios metabólicos, problemas circulatórios e até tumores.

Saiba quais são as principais causas e fatores associados ao problema: 

  • Exposição prolongada a ruídos altos;
  • Acúmulo de cera no ouvido;
  • Infecções no aparelho auditivo;
  • Lesões na estrutura auditiva;
  • Alterações na coluna ou na articulação da mandíbula;
  • Consumo excessivo de cafeína, álcool ou tabaco;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Diabetes e outras alterações metabólicas;
  • Envelhecimento natural;
  • Resfriados ou gripes.

De acordo com Ariane, os tratamentos mais comuns são o uso de medicamentos, as terapias sonoras, os aparelhos auditivos e as intervenções multidisciplinares, que podem incluir fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos. “O tratamento deve ser personalizado, considerando suas causas específicas”, conclui a especialista.

André Braga

*André Braga é médico clínico-geral e atual diretor de relações institucionais do Grupo Santa. Possui especializações nas áreas de pneumologia e dermatologia.

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