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Zeca Baleiro: “A arte sempre fez parte da minha vida”

Com show marcado para o próximo dia 30, no Parque da Cidade, no Festival de Inverno Sesc, Zeca Baleiro tem uma relação bem afetiva com a capital federal. Brasília, para o cantor, trouxe shows memoráveis, principalmente por conta da energia do público, que sempre o recebe de “braços abertos”.

“Adoro a energia do público de Brasília, é espontânea, quente. Tenho grande estima por vocês! É um público culturalmente miscigenado, bonito. Fiz grandes amigos nessa cidade também. Gosto muito de tocar aí”, afirma.

No show, Zeca Baleiro cantou os clássicos dos últimos anos da carreira. Zeca Baleiro no Festival Vibrar em 2021. Foto: JP Rodrigues
Em Brasília, no domingo (30), Zeca Baleiro vai cantar no Festival de Inverno Sesc. Zeca Baleiro no Festival Vibrar em 2021. Foto: JP Rodrigues
Zeca Baleiro elencou três momentos marcantes: o dueto com a Gal Costa no seu Acústico MTV; o disco que compôs com poemas da Hilda Hilst, chamado Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé; e o dueto com Zeca Pagodinho em Samba do Approach. Zeca Baleiro no Festival Vibrar em 2021. Foto: JP Rodrigues
Zeca Baleiro é responsável por hits como Telegrama, A Tua Boca, Último Post e diversos outros sucessos cantados por ele mesmo e outros artistas, como Fagner, Elba Ramalho e Moska, ao longo da carreira. Zeca Baleiro no Festival Vibrar em 2021. Foto: JP Rodrigues
Zeca Baleiro no Festival Vibrar em 2021. Foto: JP Rodrigues

Maranhense de nascença, mas com fortes raízes em São Paulo, onde lançou a carreira, Zeca sempre teve a arte em sua vida. Nasceu em uma casa cultural, segundo suas próprias palavras, “entre discos, livros, conversas sobre arte e cultura, pensamento humano”. O caminho para ele, então, foi natural. A mãe e as irmãs gostavam de cantar, os irmãos mais velhos tocavam violão. Desde criança nesse ambiente, ainda assim tentou carreiras mais “formais”, como Agronomia e Jornalismo, mas em pouco tempo percebeu que havia sido preparado para a carreira artística.

“Foi de certo modo natural a minha escolha por esse caminho. Arte é um artigo muito importante na nossa vida, essencial”, complementa.

No início produziu para o público infantil, no teatro. Fazia trilhas para um grupo teatral do Maranhão, o “Ganzola”, em seguida, já em São Paulo, passou para a carreira musical mais ampla, mas sempre com um carinho imenso por produtos voltados para os pequenos. No nascimento dos filhos, Vitória e Manuel, retornou às origens e compôs álbuns infantis, como o Zoró – Bichos Esquisitos e Zureta. “Tinha sempre que inventar assunto… nas viagens de férias, hora de dormir, saídas. E meu jeito de contar histórias é pela música. Foi assim que compus mais de 100 cançonetas para eles”, conta.

Três momentos marcantes

Compositor de Telegrama, A Tua Boca, Último Post e diversos outros sucessos cantados por ele mesmo e outros artistas, como Fagner, Elba Ramalho e Paulinho Moska, ao longo da carreira, Zeca elencou três momentos marcantes: o dueto com a Gal Costa no seu Acústico MTV; o disco que compôs com poemas da Hilda Hilst, chamado Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé; e o dueto com Zeca Pagodinho em Samba do Approach.

Confira:

1. O dueto com a Gal Costa no seu Acústico MTV

2. Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé

3. Dueto com Zeca Pagodinho em Samba do Approach

Novidades

O cantor está cheio de novidade. Zeca lança no próximo dia 28 o álbum Mambo Só, com canções inéditas, e no segundo semestre traz ao público um CD de sambas autorais e outro em parceria com Chico César. Zeca ainda está produzindo um talk show em formato de podcast e um livro com pequenas memórias.

A MPB no Brasil

Um dos fortes representantes da cultura brasileiro fora do país, com diversos prêmios, o mais recente em 2021, nada mais, nada menos que o Grammy Latino por Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, Zeca enxerga a música como um movimento. “Muitas novas formas de fazer música vão surgindo. Acompanho tudo com grande interesse, desde as formas mais “puras” até as mais tecnológicas”, declara.

Quanto aos desafios que o Brasil enfrenta na cultura, o cantor e compositor reitera:

A arte é algo muito profundo, e tenho dito que só reconstruiremos o Brasil se priorizarmos educação e cultura. Essa dobradinha tem poder. Depois do desmonte do governo anterior, é preciso restaurar as políticas culturais que foram praticamente exterminadas. É preciso entender que, para além de ser nutrição para alma e pro corpo, a arte e a cultura fazem girar uma grande cadeia econômica, empregam muita gente, são motores do que hoje é conhecido como economia criativa, gera trabalho e renda”.

Carolina Cardoso

Jornalista experiente, já atuou como editora em diversos veículos da capital. No GPS, é produtora de conteúdo e repórter de lifestyle.

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