GPS Brasília comscore

Walter Salles: conheça a trajetória do diretor que fez história no Oscar

Filho de banqueiro, o diretor é destaque em rankings de brasileiros ricos e acumula sucesso internacional no cinema

O cineasta brasileiro Walter Moreira Salles, de 68 anos, fez história ao conquistar o primeiro Oscar do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional com o filme Ainda Estou Aqui. Apesar de vivenciar uma ascensão de seu nome nos últimos meses com a indicação do filme, a trajetória do diretor com o Oscar começou em 1990 e desde então, suas produções têm figurado entre as mais elogiadas do cinema nacional.

Eleito pelo jornal britânico The Guardian como um dos 40 melhores diretores do mundo, Salles é o terceiro cineasta mais rico do mundo. O diretor conta com uma fortuna estimada em US$ 4,2 bilhões (aproximadamente R$ 25,5 bilhões, na cotação de 7 de janeiro), de acordo com o ranking em tempo real da revista Forbes, parte da fortuna acumulada foi herdada pelo pai, que era um grande bancário. 

Nascido no Rio de Janeiro, Walter Salles estudou economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e comunicação audiovisual na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. Irmão do também cineasta João Moreira Salles, seu primeiro grande feito no cinema foi em 1998, quando lançou um dos principais longa-metragens da história do cinema nacional: Central do Brasil.

O filme, aclamado pela crítica, foi indicado para dois Oscars: Melhor Filme Estrangeiro e Fernanda Montenegro, protagonista, concorreu ao prêmio de Melhor Atriz. O longa ainda foi eleito melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, BAFTA e Festival de Berlim, entre outros. Entre outros trabalhos de destaque de Salles, Terra Estrangeira (1995), Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2003) e Água Negra (2005). Ao todo, Walter conta com ao menos 20 produções no currículo, entre documentários e ficções.

Entre os sucessos mais recentes do cineasta, Ainda Estou Aqui se destaca como uma obra profundamente emocionante e relevante. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme mergulha na história de Eunice Paiva, mãe do autor, que se tornou uma figura central na resistência à ditadura militar no Brasil. A produção retrata a luta pela liberdade e pelos direitos humanos, além de explorar os dilemas pessoais e os desafios enfrentados por Eunice, uma mulher forte e determinada.

Outros trabalhos de destaque: 

A Grande Arte (1991)

A primeira tentativa de Walter Salles de competir pelo prêmio da Academia foi na 63ª edição, em 1991, com A Grande Arte. Com roteiro de Matthew Chapman, baseado no aclamado romance de Rubem Fonseca, o filme acompanha a jornada de Peter Mandrake, um fotógrafo americano que se vê envolvido em uma perigosa busca por vingança. Após o brutal assassinato de sua amiga Gisela, uma prostituta, e o estupro de sua namorada Marie, Mandrake decide fazer justiça com as próprias mãos. Para isso, ele forma uma aliança improvável com Hermes, um assassino profissional especializado em combate com facas. Juntos, eles percorrem os subúrbios violentos do Rio de Janeiro e chegam até o deserto boliviano, em busca dos criminosos responsáveis pela tragédia que mudou suas vidas. Nos Estados Unidos, o filme foi lançado com o nome Exposure e distribuído pela Miramax, a mesma companhia que, anos depois, seria responsável pela famosa campanha de Shakespeare Apaixonado em 1999. Na época, no entanto, a Miramax ainda era uma empresa pequena, o que pode ter contribuído para que o filme ficasse de fora da lista de indicados ao Oscar.

Central do Brasil (1998)

A segunda tentativa de Walter Salles no Oscar foi com *Central do Brasil*, um clássico do cinema nacional. O filme acompanha Dora (Fernanda Montenegro), uma professora aposentada que escreve cartas para analfabetos na Estação Central do Brasil. Após a morte da mãe de Josué (Vinicius de Oliveira) em um atropelamento, Dora decide ajudá-lo a encontrar o pai, embarcando em uma jornada pelo nordeste.  

Inspirado na história de Socorro Nobre, o longa venceu o Urso de Ouro em Berlim e o Urso de Prata para Fernanda Montenegro. Adquirido pela Sony Pictures Classics, recebeu forte campanha para o Oscar e foi indicado a Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, mas não levou. No entanto, conquistou prêmios no Globo de Ouro e no Bafta.

Abril Despedaçado (2001)

Em 2001, Walter Salles tentou repetir o sucesso de Central do Brasil com Abril Despedaçado, baseado no romance Prilli i Thyer de Ismail Kadare. Ambientado no sertão nordestino em 1910, o filme acompanha um jovem incentivado por seu pai a vingar a morte do irmão em uma disputa entre famílias rivais. Estrelado por Rodrigo Santoro, a produção recebeu indicações ao Bafta e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Apesar das menções, o filme não conseguiu uma vaga na disputa pelo Oscar.

 

QUER MAIS?

INSCREVA-SE PARA RECEBER AS NOTÍCIAS DO GPS BRASÍLIA!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

Veja também

Visão de futuro ou cegueira ideológica? O panorama do mercado …

Na correria da capital paulista, spas em hotéis de luxo …

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 41

Siga o GPS

Newsletter

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI