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Votação para cassação de Moro é postergada até segunda-feira (8)

Juíza Cláudia Cristofani disse que "estamos diante de um processo que precisa ser amadurecido
Sergio Moro quer estabelecer um regime de recompenas para delatores de ilícitos ocorridos no mercado financeiro
Sergio Moro quer estabelecer um regime de recompenas para delatores de ilícitos ocorridos no mercado financeiro. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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A desembargadora Cláudia Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), pediu vista e interrompeu o julgamento das ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União-PR) nesta quarta-feira (3). Cláudia se comprometeu a devolver as petições na próxima semana (8) para que a Corte possa retomar a discussão. O placar até o momento é de 1 a 1.

Em sua justificativa para o pedido de vista, a juíza disse: “Esta não é aquela decisão que um CEO de uma empresa faz, vertical, instantânea, que começa e termina hoje. Estamos diante de um processo que precisa ser amadurecido”.

O julgamento começou na segunda-feira (1º) e foi retomado na quarta-feira (3), com o voto do juiz José Rodrigo Sade, que se divergiu do relator e afirmou que Moro se beneficiou da sua pré-campanha fracassada para a Presidência pelo Podemos, alavancando sua candidatura ao Senado.

O TRE-PR estuda as ações apresentadas pelo PL e PT que, segundo os dois partidos, Moro teria gasto R$ 6,7 milhões para sua chegada ao Congresso, ultrapassando o limite estabelecido pela Lei, que é de R$ 4,4 milhões. O relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, votou contra a cassação, pois diz que não há provas no processo que deem razão as acusações.