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Você escuta bem? Projeção é de que 2,5 bi de pessoas terão perda auditiva

Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo viverão com algum grau de perda auditiva até 2050. Os dados são do Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2021. A otorrinolaringologista Renata Moura explica que, apesar da perda auditiva ser mais comum na terceira idade, ela também pode atingir jovens e até crianças.

Segundo a médica que atua há 14 anos em consultório, por incrível que parece, é raro o paciente perceber por conta própria que está ouvindo menos. O mais comum é que outra pessoa esteja reclamando da sua audição.  

 

“Ao suspeitar da perda de audição, o ideal é agendar uma consulta com um otorrinolaringologista. Às vezes, pode ser uma rolha de cerume que cria uma barreira para o som, mas também pode ser uma perda auditiva. Porém, é necessário fazer uma avaliação com o auxílio de exame de audiometria. Lembrando que a alteração auditiva na presença de cera é reversível assim que é feita a limpeza”, explica Renata.

 

Em crianças e recém-nascidos, a diminuição auditiva pode ser gerada por alterações genéticas, infecções de orelha e excesso de cerume.  Essa redução da funcionalidade auditiva pode acarretar atrasos na fala como troca de fonemas. 

 

“Nos adultos, as principais causas são envelhecimento e infecções de ouvido, mas pode haver relação com questões genéticas e de exposição ao ruído. Normalmente, quem não ouve bem costuma falar: ‘Ahn? Quê? Não entendi… Repete… Fala de novo… Fala mais alto’. Além disso, fala alto e coloca o volume da TV mais alto também”, exemplifica a médica.

 

Exames de rotina

 

É importante que as crianças façam o “teste da orelhinha” ao nascerem e o de audiometria no período da alfabetização, exame esse que é solicitado pela escola. Porém, nos casos de infecções de repetição nos ouvidos, as crianças devem fazer o acompanhamento.

 

“O primeiro exame que deve ser feito é o famoso teste da orelhinha (otoemissões acústicas) assim que o bebê nasce. Esse é um teste de triagem neonatal para ver se a criança tem problemas auditivos. Nos casos de crianças prematuras ou com alguma alteração genética, deve ser feito também o BERA, que vai avaliar a integridade funcional do nervo auditivo, dizendo se há ou não um distúrbio da audição e qual é o seu grau”, complementa.  

 

Renata lembra que as crianças maiores e os adultos devem realizar a audiometria e a impedanciometria (exame para avaliar a flacidez ou rigidez da membrana timpânica e os ossículos do ouvido médio), e pessoas expostas ao ruído em seus trabalhos devem usar os equipamentos de proteção individual, como protetor auricular e abafador.

 

“Além disso, devem fazer audiometria periodicamente”, finaliza a médica.

Redação GPS

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