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Vírus do Nilo Ocidental mata mais duas pessoas em Sevilha e alerta para nova doença

Cinco mortes já foram confirmadas, o que eleva preocupação com disseminação do vírus na Europa
A estratégia deverá ser expandida gradativamente pelo País | Fotos: Nuzeee/ Pixabay
Cresce número de doenças causadas por mosquitos | Fotos: Nuzeee/ Pixabay

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A província de Sevilha, no sul da Espanha, registrou mais duas mortes relacionadas ao vírus do Nilo Ocidental, o que aumenta o número de vítimas fatais para cinco na região desde o início do ano.

As novas mortes ocorreram em Coria del Río e Dos Hermanas, localidades próximas a Sevilha. As vítimas eram ambas idosas, com idades de 71 e 86 anos, respectivamente. As informações são do The Sun.

O Ministério Regional da Saúde e Famílias da Andaluzia informou que, ao todo, dez pessoas foram infectadas pelo vírus na província, das quais cinco não resistiram, três receberam alta hospitalar e outras duas permanecem em tratamento.

“Ela não tinha problemas de saúde subjacentes, estava saudável como poderia ser, ativa e com uma vida normal”, afirmou Antonio Pineda, filho de uma das vítimas, à mídia local.

O vírus do Nilo Ocidental é transmitido principalmente por picadas de mosquitos infectados. Embora a maioria das pessoas infectadas não apresente sintomas, cerca de 20% desenvolvem a febre do Nilo Ocidental, caracterizada por dores no corpo, vômitos e erupções cutâneas.

Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações neurológicas, como convulsões, paralisia e até a morte, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Europa, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), está vivenciando um aumento significativo de infecções por doenças transmitidas por mosquitos, incluindo o vírus do Nilo Ocidental.

Em 2023, foram registrados 713 casos humanos em nove países europeus, resultando em 67 mortes. “A temporada de transmissão está bem encaminhada, e o número de casos na Grécia e na Espanha é superior ao dos anos anteriores”, disse um porta-voz do ECDC.

As autoridades de saúde europeias estão em alerta máximo, especialmente durante os meses de verão, quando os mosquitos estão mais ativos.

Com as mudanças climáticas contribuindo para a proliferação desses vetores em regiões anteriormente não afetadas, o risco de surtos de doenças como dengue, chikungunya e zika também cresce, o que amplia a preocupação com a saúde pública em todo o continente europeu.