A expansão da vitivinicultura no Distrito Federal tem chamado a atenção do país para os vinhos do Planalto Central. Com o objetivo de se tornar um marco no turismo da região, surgiu a Vinícola Brasília.
Dez produtores uniram-se para criar um espaço comum para a vinificação das uvas. Em vez de cada produtor ter sua própria pequena vinícola, decidiram investir em uma área única com uma estrutura impecável para todos eles.
Alto Cerrado, Casa Vitor, Ercoara, Horus, Marchese, Miro, Monte Alvor, Oma Sena, Villa Triacca e Vista da Mata prometem revolucionar a produção de vinhos finos do país, com práticas sustentáveis, impulsionando a economia local com geração de empregos e turismo.
Com capacidade de vinificação de 400 mil litros por ano, o negócio tem a Syrah como a principal casta, mas também Marselan, Tempranillo, Cabernet Franc, Sangiovese, Grenache, Malbec, Pinot Noir e as brancas Sauvignon Blanc e Viognier. Todas de colheita de inverno.
Mas a história começa muito antes, nos anos 1970, após a criação de Brasília, quando muitos imigrantes vindos do Sul do país chegaram em busca de terras férteis e produtivas na região do PAD-DF.
Brasília é uma grande produtora de morangos, pimentões, tomates, ervilhas, goiaba, soja, sorgo, e não houve barreiras para incluir a uva.
Quando as primeiras videiras foram plantadas em 2018, a ideia inicial era “testar” para ver se o DF produziria bons vinhos. Afinal, o local tem todas as condições favoráveis: pouca chuva, altitude variando de 700 a 950 metros e uma amplitude térmica que oscila entre o calor do dia e o frio da madrugada.
A paixão cresceu e a vontade de tornar a região uma referência nacional na produção de vinhos finos só aumentou.
O projeto tem sido um verdadeiro laboratório de criatividade e colaboração, e a Vinícola Brasília tornou-se um farol de inovação e progresso na região. Consultores franceses e enólogos renomados do sul do país contribuíram para o processo de criação. Já o projeto arquitetônico e as instalações ficaram a cargo dos Studio AZ e Lazzeri Arquitetos, que criaram um ambiente que harmoniza o moderno com o tradicional, inspirando tanto os amantes do vinho quanto os interessados na história da região.
Novos rótulos no mercado
Pilotis, Cobogó, Croqui e Alvorada são alguns dos rótulos, além do já aclamado Monumental Syrah, reconhecido como um dos 16 vinhos mais representativos na Avaliação Nacional de Vinhos do ano passado em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.
“Além de produzir vinhos, a vinícola está comprometida em oferecer experiências enoturísticas, tours pelos vinhedos, degustações guiadas, cursos de vinhos e eventos especiais estão sendo cuidadosamente planejados para celebrar não apenas o vinho, mas também a rica herança cultural dos pioneiros que ajudaram a moldar a história da região”, enfatizam os sócios.