A comandante-geral da Polícia Militar (PMDF), coronel Ana Paula Barros, defendeu um novo reajuste salarial para a corporação, já que há um defasagem na remuneração dos integrantes da tropa.
Durante entrevista exclusiva ao GPS|Brasília, a comandante reconheceu que o salário dos policiais do Distrito Federal já foi melhor em comparação com outros estados, mas ressaltou que a luta por melhorias salariais continua após a recomposição autorizada pelo governo federal para as forças de segurança da capital federal.
“Não é o suficiente, mas nós vamos apresentar uma nova proposta e o Governo do Distrito Federal (GDF) está atento a isso e vai entrar nessa luta junto ao governo federal também”, afirmou.
O feminicídio, outro tema de extrema relevância, foi abordado pela nova chefe da corporação , que destacou a importância do papel da polícia e da sociedade civil no combate a essa violência.
“A polícia está preparada, estamos procurando capacitar nossos policiais para lidar com essa questão, mas precisamos do apoio da sociedade e da mídia para abordar o assunto de forma a não ‘sensacionalizar’ o agressor, mas sim encorajar e apoiar as vítimas”, defendeu.
Saúde mental
A saúde mental dos policiais também foi uma preocupação levantada pela comandante. “A profissão policial é extremamente estressante, lidamos diretamente com situações de risco e precisamos tomar decisões rápidas. Por isso, estamos investindo em apoio psicológico e psiquiátrico para nossos policiais, além de incentivar a busca por ajuda e o diálogo dentro da corporação”, explicou ao mencionar que tem o auxílio dos psiquiatras do Corpo de Bombeiros para atendimento à força de segurança.
Em relação aos desafios enfrentados pela PMDF, a coronel Ana Paula ainda destacou a necessidade de aumentar o efetivo policial e melhorar as condições de trabalho.
“Estamos com um déficit grande de policiais e precisamos garantir que nossa corporação esteja bem equipada e preparada para atender às demandas da sociedade”, enfatizou.
Sobre sua trajetória na corporação, a comandante ressaltou a importância do incentivo às mulheres na carreira policial. “Quando entrei na PMDF, as mulheres só podiam chegar até o posto de capitão. Hoje, graças a mudanças na legislação, as mulheres podem chegar ao topo. É um progresso significativo, mas ainda há desafios a superar”, disse ela.
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