Categories: Paula Santana

Vem aí, “Ora bolas! Cadê a luz?” de Fernando Guimarães

“_Não foi intencional, mas acabou se mostrando totalmente inclusiva depois_”, responde o **diretor teatral Fernando Guimarães** a uma das primeiras perguntas feitas a ele sobre a sua mais nova produção, **_Ora bolas! Cadê a Luz?_**, peça que entrará em cartaz no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, a partir do próximo dia 12 de janeiro de 2023**. “_Na verdade, a ideia de fazer esse trabalho veio de uma experiência insólita vivida em uma viagem à Pirenópolis, quando eu e o pessoal do Coletivo Coletivo nos vimos em uma casa totalmente desconhecida e sem luz_”, explica.

Ok, esta reportagem já começou com um **gostinho de _spoiler_**, mas, além do desejo de lhe colocar (caro leitor) no _mood_ da peça rapidamente, vale ressaltar que **essa é a menor das surpresas que a nova trama dessa trupe de talentos traz** para nos brindar o ano novo com teatro do bom, daqueles com DNA 100% brasiliense. **Na trama, Carlos, um artista pobre, conta com a ajuda da namorada para passar uma imagem de sucesso** a um casal de clientes, pegando móveis e obras de arte da casa de um amigo. Porém, **as coisas não saem como foram planejadas**.

![](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/DSC_01798_1_e1465f172d.jpg)

Aqui estamos falando de **um espetáculo sobre encontros e desencontros** de diversos personagens, onde os atores e atrizes criam um “jogo” em que as situações e os personagens vão se desenrolando com **muitas peripécias e confusões**, assim como deve ser toda boa comédia. No entanto, uma **surpresa, eles estão vendados em cena**, experimentando uma situação real de total escuridão. Mas, **por que essa escolha?**

Quem conhece ou acompanha de perto **a trajetória de Guimarães** sabe que ele gosta de pensar (e agir) **fora da caixa**. Então, fazer uma peça que poderia muito bem ser encenada de olhos abertos é uma coisa, mas **ao vendar os olhos dos atores** (se remetendo à noite escura em ‘Piri’), **o inusitado vem automaticamente à tona**, transformando todo o resultado cênico final. “_É muito simples falar, mas nada simples vivenciar. Experimente fazer isso na sua casa, que é um ambiente que você já está acostumado. A falta do sentindo nos provoca uma estranheza tamanha, o que nos revela uma mudança radical sobre o entendimento da própria vida_”, avalia Fernando.

Este é o oitavo trabalho do Diretor com o **Coletivo Coletivo**. “_Eu sou professor da faculdade Dulcina, e todos eles foram meus alunos, uma companhia que estamos tentando fazer de pessoas que tem identificação entre si_”, de **origens diferentes e idades que variam entre 22 a 60 anos**. Em _Oras bolas! Cadê a Luz?_, **tudo poderá acontecer a cada apresentação**, e “_estamos entusiasmados com muita expectativa da reação do público, pois para nós tem sido uma experiência única_”, completa Guimarães.

![](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/DSC_01934_1_cd6fb7c827.jpg)

**Outros projetos e muita gratidão**

Ao mesmo tempo em que estreia esse novo trabalho, **Fernando Guimarães partirá em viagem com Beijo no Asfalto**, produção anterior que entrou em cartaz em março de 2022 e agora deve ir **para São Paulo**. “_Mas viajar hoje em dia é muito caro, ainda mais com dez pessoas no elenco e outras seis na técnica_”, pondera. “_E vamos dar início em breve a outro projeto também, onde iremos fazer leituras de textos diversos para incentivar a escuta nas escolas da rede pública em Ceilândia, Recanto das Emas e Sobradinho_”. A iniciativa que, provavelmente, será batizada de **_Fé Cega, Faca Amolada_** vem para **discutir assuntos ligados às religões**, mas “_sem qualquer visão pejorativa sobre o assunto_”, explica o diretor.

Antes da entrevista chegar ao fim, Guimarães ressalta que, se ele é um diretor de renome na cidade e no país, **isso só foi possível graças ao trabalho de professor que vem realizando há 20 anos na Faculde Dulcina**. “_Eu sou uma cria da própria Dulcina, e por isso mesmo tenho um **apreço enorme por aquele teatro, aquela faculdade**, onde eu pude montar **dois espetáculos por ano, totalizando quarenta peças**, mesmo com as dificuldades que são enormes, vamos continuar em frente, com muito orgulho das minhas origens, sempre **agradecendo essa oportunidade**_”, finaliza.

![Fernando Guimarães / Foto: Cortesia](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/20181206164634837422o_f7fcd80931.jpg)

Quanto ao serviço de _Ora bolas! Cadê a luz?_, nós iremos ainda **acompanhar o último ensaio** antes da estreia oficial quando traremos preço, horário das sessões e **todos os detalhes** para que você não perca a chance de viver essa nova experiência teatral _by_ Fernando Guimarães e Coletivo Coletivo. **Aguardem!**

Redação GPS

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