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Veja em primeira mão página 22 do livro Brevê, de João Palmo

Se o poema de hoje fizer você pensar que está vendo coisas, ouça com atenção.

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ÓCULOS DE SOM

 

Óculos de som,

distintos cavalheiros.

Óculos de som,

damas sem par.

É um artefato revolucionário,

não há engenho igual

nem semelhante mundo

ao que lhes abrirá:

a maravilha insuspeitada

do cinema cego;

o cancioneiro surdo

em toda a sua profusão.

São duas lentes sonoras

em fibra ótica pura,

basta usá-las e cruzar

os umbrais da ilusão.

Óculos de som,

incautos senhores

e senhoras de fé:

óculos de som.

 

Veja também as páginas anteriores, aqui no portal e no insta @joaopalmo.

 

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