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Veja em primeira mão a página 5 do livro Brevê, de João Palmo

O poema de hoje investiga que possíveis divindades regem o amor?

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ORIXÁS

 

Os espíritos que te habitam não são deste mundo.

Não é o vento que se expressa no teu riso,

não é o trovão que explode na tua justiça.

Nem são as marés que embalam o teu sexo,

nem mesmo é fogo o que dança em teu amor.

 

Teus orixás estão além dos elementos.

Baixam da perseverança fria dos cometas,

giram no discurso coerente dos satélites.

Extasiam como o ímã grave das estrelas

e batucam nos tambores do silêncio eterno.

 

Eu sou ainda a fome e a inocência.

E tu és o que alimenta e que me dá ciência.

 

Veja também as páginas anteriores, aqui no Portal e no insta @joaopalmo.