ORIXÁS
Os espíritos que te habitam não são deste mundo.
Não é o vento que se expressa no teu riso,
não é o trovão que explode na tua justiça.
Nem são as marés que embalam o teu sexo,
nem mesmo é fogo o que dança em teu amor.
Teus orixás estão além dos elementos.
Baixam da perseverança fria dos cometas,
giram no discurso coerente dos satélites.
Extasiam como o ímã grave das estrelas
e batucam nos tambores do silêncio eterno.
Eu sou ainda a fome e a inocência.
E tu és o que alimenta e que me dá ciência.
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