VENTO CONTRA
Tambores soaram,
sem ter nada nada porque soar.
Os ventos sopraram,
sem ter nada nada porque soprar.
Os sinos dobraram e nada,
nada vai começar.
Nada que a gente cante, espanta
o mal que teima em chegar e ficar.
E tudo será pra nada,
na tarde apagada.
Os ventos vieram
e varreram as louças dessa mesa,
deixando para trás só o pó
da nossa tristeza.
Nada escapa,
tudo já se acabou.
E vai ficar pior.
As coisas tinham um lugar,
veio o vento e as dissipou.
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